Na última terça-feira (6), um acidente com um elevador em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, reacendeu o debate sobre a segurança dos equipamentos. O elevador de um edifício residencial despencou, deixando três pessoas feridas. Entre as vítimas, estavam uma mulher e dois homens.

A mulher, de 45 anos, sofreu traumas nas duas pernas e foi levada ao Hospital das Clínicas. Um homem de 27 anos bateu a cabeça e sofreu traumas nas pernas e na lombar, e foi encaminhado à Santa Casa, junto com o outro homem, de 63 anos, que teve ferimentos na perna esquerda e no tórax.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que a perícia foi acionada e o caso foi registrado como lesão corporal no 4° DP (Consolação). Vale ressaltar que as causas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas é fato que o ocorrido trouxe à tona discussões sobre a segurança dos elevadores no país.

Rio de Janeiro também registra casos – Este incidente em São Paulo não foi um caso isolado. Recentemente, uma série de acidentes envolvendo elevadores foi registrada no Rio de Janeiro, aumentando ainda mais as preocupações sobre a manutenção e segurança dos equipamentos. Em 24 horas, três acidentes ocorreram na cidade. Os casos aconteceram entre os dias 30 de junho e 1º de julho.

No Centro do Rio, um elevador do prédio da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) ultrapassou o teto do 20º andar, deixando uma servidora presa dentro do equipamento. A vítima foi resgatada através de uma abertura de emergência e encaminhada ao Hospital Municipal Souza Aguiar com ferimentos.

O outro acidente ocorreu em Copacabana, Zona Sul do Rio, quando um funcionário de uma empresa de manutenção morreu após o elevador que ele consertava cair no fosso do prédio. Testemunhas relataram que o equipamento estava apresentando ruídos incomuns, e a empresa havia sido acionada para solucionar o problema. A tragédia exigiu a intervenção do Corpo de Bombeiros, que precisou abrir a porta do elevador para acessar o local.

O terceiro acidente foi registrado no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio. A porta de um dos elevadores descarrilou enquanto um paciente de 28 anos, que tinha acabado de passar por uma reanimação cardiorrespiratória, era transferido de andar devido ao agravamento do quadro. O paciente estava acompanhado da equipe médica no momento do acidente e, de acordo com a direção do Hospital, toda a equipe clínica e de manutenção estava no local. O tempo de permanência no elevador foi de 16 minutos.

Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que o paciente em questão tinha uma doença crônica preexistente e foi levado para a sala de trauma logo após o ocorrido. Mas, em razão do quadro grave que apresentava, acabou falecendo.

Diante desses incidentes, a importância de manter a manutenção preventiva dos elevadores em dia se torna ainda mais evidente. A segurança dos usuários de elevadores depende não apenas da tecnologia avançada dos equipamentos, mas também de inspeções regulares e de uma manutenção rigorosa. É fundamental que empresas responsáveis pela conservação dos elevadores sigam à risca os protocolos de segurança, como os critérios de manutenção do PMA (Plano de Manutenção Anual) e realizem verificações periódicas – garantindo, assim, a conformidade com as normas de segurança mais modernas.

Apesar dos recentes acidentes, é importante destacar que o elevador é considerado o meio de transporte mais seguro do mundo, com milhões de viagens realizadas diariamente. No entanto, para que essa segurança seja garantida, é imprescindível que todas as partes envolvidas — desde os fabricantes até os técnicos de manutenção, síndicos e usuários — colaborem para assegurar que os elevadores funcionem corretamente e sejam utilizados de maneira segura. A prevenção é a chave para evitar tragédias e garantir a confiança dos usuários nesse meio de transporte essencial para a vida moderna.