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Norma Mundial de Elevadores promete uma nova era no setor

Norma Mundial de Elevadores ISO 8100-1/2 promete uma nova era no setor

Pode parecer surpreendente falar em uma nova norma para elevadores logo após a implementação da ABNT 16.858 no Brasil. No entanto, a norma brasileira foi baseada nas normas europeias EN 81-20/50, publicadas na Europa em 2014 e que se tornaram obrigatórias em 2017.

Cerca de 90% dos países do mundo adotam normas europeias de elevadores. Exceções significativas são os Estados Unidos, que seguem as normas ASME, e o Japão, que utiliza o padrão JIS.

As normas globais de qualquer setor são publicadas pela ISO (International Organization for Standarization), e no caso dos elevadores, há um projeto avançado: a ISO 8100-1/2, que está em vias de ser publicada pelo Comitê ISO TC 178. (vide https://www.iso.org/committee/53970.html)

WEEF – WORLD ELEVATOR ESCALATOR FEDERATION

Formada em abril de 2019, a World Elevator Federation, com a AEM (Associação de Elevadores do Mercosul) como membro fundador, visa beneficiar consumidores, a indústria e garantir o desenvolvimento sustentável. As associações se comprometem a uma abordagem colaborativa e aberta com todas as partes interessadas para desenvolver padrões internacionais relevantes para seus produtos. O objetivo imediato é promover e melhorar a segurança, facilitar a inovação tecnológica e a livre circulação de mercadorias em todo o mundo, com estreita colaboração entre especialistas em padronização.

OBJETIVOS DA WEEF

  • Harmonização Técnica Global: Baseada na ISO 8100-1/2, que é uma evolução da EN 81-20/50 e da atual norma brasileira NBR 16.858.
  • Certificação Única: Um único certificado de conformidade aceito globalmente (um padrão, um teste e um certificado).
  • Promoção da Segurança e Qualidade: Elevar os níveis de segurança e qualidade em todo o mundo.

A EVOLUÇÃO E OS PRAZOS

A previsão inicial era a publicação no primeiro trimestre de 2025, mas surgiram obstáculos, como reservas legais da União Europeia, com mais de 1.000 comentários sobre as normas. A EN 81-20/50 não atendia aos novos regulamentos internos da CEN. Além disso, houve mais de 600 comentários do CEN/TC10 sobre a EN ISO 8100-1/2 e o ISO TC 178, todos os quais precisaram ser verificados e respondidos detalhadamente.

O comitê ISO TC 178 conta com a participação de 31 países e outros 27 como observadores, incluindo Brasil (ABNT) e Argentina (IRAM). Após a publicação, haverá um período de consulta pública de doze semanas. A entrada em vigor da EN ISO 8100-1/2 é esperada para 2025, com um período de transição de três anos e revogação da anterior EN 81-20/50:2020 em 2028, quando será substituída pela EN ISO 8100-1/2:2025.

CARACTERÍSTICAS E PRINCIPAIS MUDANÇAS

A ISO 8100-1 aborda os requisitos de segurança para a construção e instalação de elevadores, especificando critérios essenciais para garantir a segurança de passageiros e equipe de manutenção. A ISO 8100-2 foca nos requisitos de inspeção e teste, avaliando se os elevadores atendem às normas de segurança após a instalação e durante seu uso.

Essas normas são complementares e essenciais para um ciclo completo de segurança no setor de elevadores, desde a fabricação até a operação contínua.

Entre as principais mudanças, estão:

  • Requisitos detalhados para segurança das portas.
  • Soluções para evitar o aprisionamento de dedos/mãos nas portas de pavimento e de cabine.
  • Elevadores com polia de tração com espaço ampliado no piso.
  • Novas suspensões alternativas e equipamentos de balanceamento com acessórios
  • Novos requisitos para freios de máquinas elétricas e abertura hidráulica do freio de acionamento
  • Acesso seguro ao poço do elevador usando uma escada (novos requisitos)
  • Plataformas de manutenção no poço do elevador
  • Circuitos de segurança avaliados SIL (safety integrity level) – substituição para PESSRAL (Programmable Electronic Systems in Safety Related Applications for Lifts)
  • Dispositivos de resgate automático em caso de falta de energia.
  • Um sistema de medição de carga mais preciso.

A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA E DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO

Na última reunião da WEEF em Xangai, apresentei a experiência brasileira na implementação da nova norma 16.858. Para ter sucesso na implementação de uma norma padrão mundial em diversos países com realidades sociais e econômicas distintas, é crucial considerar vários fatores.

Desafios na implementação incluem:

  • Incertezas de Interpretação: A norma pode conter requisitos técnicos complexos que geram dúvidas.
  • Falta de Organismos Certificadores: Em alguns países, não há organismos reconhecidos pelas autoridades nacionais.
  • Custos para Pequenas e Médias Empresas (PMEs): A implementação e certificação podem ser onerosas.

Desafios Específicos para PMEs:

  • Desvantagem Competitiva: PMEs enfrentam dificuldades adicionais em um mercado dominado por grandes fabricantes.
  • Custos de Certificação: A atualização de equipamentos e o cumprimento de normas podem ser um fardo significativo.
  • Acesso Limitado a Expertise Técnica: Muitas PMEs têm dificuldades em encontrar especialistas capacitados.

Fatores a considerar para alcançar um padrão mundial com sucesso

  • Adaptabilidade: A norma deve ser adaptável às diferentes infraestruturas e recursos disponíveis em vários países.
  • Escalabilidade: O padrão deve ser aplicável a organizações de diferentes tamanhos na indústria de elevadores.

Desenvolver um padrão global que considere as variações sociais, econômicas e técnicas é crucial para melhorar a segurança e a proteção, ao mesmo tempo em que aborda os desafios regionais. A colaboração entre autoridades, associações e empresas é essencial para oferecer orientação, estabelecer organismos de certificação e encontrar maneiras de reduzir os custos de certificação, especialmente para empresas de menor porte.

SOBRE O AUTOR

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Fábio Aranha é Engenheiro pela Poli USP, Sócio fundador da Infolev, ex-presidente do SECIESP, atual Presidente da AEM- Associação de Elevadores do Mercosul (Membro da WEEF) e palestrante do Fórum Mundial de Elevadores na Interlift.

Tec Lift comemora 30 anos no mercado de elevadores

A Tec Lift, empresa de manutenção, conservação e instalação de elevadores na cidade do Rio de Janeiro, acabou de comemorar 30 anos. A empresa celebrou a data em uma festa no Clube Montanha no Alto da Boa Vista. A festa contou com mais de 100 convidados e estiveram presentes no evento, funcionários e colaboradores. Além das celebrações, o evento contou com homenagens aos colaboradores com mais de dez anos de empresa.

O evento teve como mestre de ceremônia, Edilberto Almeida, editor da Revista Elevador Brasil. Os três sócios da empresa, Abílio Simões, André Azevedo e Rubens Barrocas deixaram seus depoimentos.

“Quero agradecer a Deus pelos 30 anos da Tec Lift, agradecer a toda a equipe, pois sem eles nada disso seria possível, por comprarem a ideia e à minha família, pela paciência comigo em muitos momentos. E agora é preparar a empresa para o futuro, para mais 30 anos, se Deus quiser”, diz Abílio Simões.

“Hoje celebramos 30 anos de dedicação, trabalho árduo e compromisso com a excelência. Nossa empresa nasceu de um sonho e se tornou realidade graças à confiança e apoio de clientes, colaboradores e parceiros. Agradecemos a cada um que contribuiu para o nosso crescimento e sucesso. Vocês são parte da nossa história e do nosso futuro”, declara André Azevedo.

“Venho agradecer a Deus em primeiro lugar e aos nossos colaboradores por toda dedicação diária ao longo desses anos, sem isso não seria possível essa comemoração. Até aqui percorremos uma longa estrada de obstáculos e desafios. Agradeço aos clientes, amigos e familiares por fazerem parte dessa história. Que venham mais anos pela frente!”, finaliza Rubens Barrocas.

A Tec Lift também aproveitou a oportunidade para apresentar a nova identidade visual da empresa.

Astech Elevadores: 10 anos de excelência e inovação na Baixada Santista

  

O quadro “Caso de Sucesso” tem como objetivo apresentar empresas que são referência no setor, mostrando suas trajetórias, desafios superados e as conquistas que as levaram ao sucesso. Nesta edição, vamos conhecer a inspiradora história da Astech Elevadores, uma empresa familiar que se consolidou no competitivo mercado de elevadores, destacando-se pela combinação de tradição, inovação e atendimento humanizado.

O início – A história da empresa é marcada pela trajetória de Assis, que aos 16 anos, após deixar o sertão da Paraíba, iniciou sua carreira na manutenção de elevadores em São Paulo. Com quase 40 anos de experiência no setor, Assis sempre se destacou por seu vasto conhecimento técnico, enquanto Soraia, com sua visão estratégica e espírito empreendedor, foi a força motriz para transformar a ideia da empresa em realidade. Então, em agosto de 2014, Assis e Soraia uniram suas experiências e fundaram a Astech Elevadores, em São Vicente, São Paulo.

Completando dez anos de história em 2024, hoje, a Astech tem sua matriz em Santos, São Paulo, e uma filial no Guarujá, onde oferece serviços completos de instalação, modernização, reparação e manutenção de elevadores multimarca, tanto residenciais, quanto comerciais e industriais. A empresa ainda presta atendimento emergencial 24 horas e trabalha com uma frota equipada para realizar reparos ágeis e eficazes.

Jaqueline, Assis, Soraia e Caroline na ExpoElevador 2023.

As filhas do casal, Jaqueline e Caroline, também passaram a integrar o time da Astech, trazendo inovação e novas perspectivas para a empresa. Jaqueline, formada em Administração, trouxe uma visão estratégica para o negócio, enquanto Caroline, com seu talento para o marketing, fortalece a presença da marca no mercado.

Desafios – A Astech enfrentou diversos desafios ao longo de sua trajetória, como a concorrência desleal, que gerava desconfiança entre os clientes. No entanto, a empresa superou esses obstáculos com transparência, integridade e foco no cliente, sempre oferecendo um atendimento personalizado e de excelência.

Diferenciais – O grande diferencial da Astech está na combinação entre tradição e inovação. A empresa alia o conhecimento técnico de Assis, acumulado em décadas de experiência, à criatividade e inovação das filhas, Jaqueline e Caroline. Além disso, a empresa preza por um atendimento humanizado, próximo aos clientes, e oferece serviços personalizados com foco na excelência e segurança.

Planos futuros – Nos próximos anos, a Astech planeja expandir suas operações, fortalecer sua atuação na Baixada Santista e investir no desenvolvimento de novos talentos. “Queremos oferecer oportunidades para os jovens que desejam ingressar na profissão, promovendo um ambiente de aprendizado e crescimento profissional”, afirma Assis.

Agradecimento – A empresa deixa um recado aos seus clientes e colaboradores. “Agradecemos a confiança ao longo dessa jornada de dez anos. Continuaremos empenhados em oferecer soluções seguras, inovadoras e personalizadas, elevando não apenas prédios, mas também expectativas e sonhos. Juntos, seguimos construindo um futuro de mobilidade mais eficiente e acessível para todos.”

 

Como melhorar o setor de elevadores e reduzir acidentes

Como melhorar o setor de elevadores e reduzir acidentes: Uma abordagem técnica para aumentar a segurança

Homem em pé em porta de vidro Descrição gerada automaticamente

A segurança no setor de elevadores é um tema crítico que merece atenção constante. Com o crescimento urbano e a verticalização das cidades, os elevadores são fundamentais para a mobilidade de milhões de pessoas todos os dias. Apesar de o elevador ser reconhecido como o meio de transporte mais seguro do mundo, acidentes ainda ocorrem. Até o início de agosto de 2024, foram registradas 31 mortes no Brasil envolvendo transportes verticais, quando escrevi um artigo, na época, para a edição 183 da revista.

Tivemos mais nove mortes adicionais depois de agosto até outubro, e esses números são alarmantes, reforçando a necessidade de medidas mais rigorosas em todas as etapas que envolvem o ciclo de vida de um elevador – desde o projeto até a manutenção.

Como engenheiro mecânico especialista no setor de transportes verticais, com experiência em vistorias e elaboração de laudos técnicos, projetos e memoriais de cálculo, acredito que a redução dos acidentes passa por uma abordagem sistêmica que abrange desde a concepção dos projetos até o uso das mais modernas tecnologias de segurança.

Através das análises dos acidentes que ocorreram no Brasil esse ano, trouxe os principais pontos de melhoria que podem ser adotados para tornar o setor mais seguro e eficiente.

  1. A IMPORTÂNCIA DE UM PROJETO BEM EXECUTADO

A segurança de um elevador começa no projeto. Muitas vezes, acidentes são causados não por falhas mecânicas ou de operação, mas por deficiências no projeto inicial. Projetos que não seguem as normativas vigentes ou não levam em consideração as especificações da edificação comprometem a segurança e a eficiência dos elevadores.

Falta de conformidade com as normas: Normas vigentes, como a ABNT NBR 16858 partes 1, 2, 3, 4 e 5, que trata da especificação e instalação de elevadores novos, existem justamente para garantir que os equipamentos sejam projetados e instalados de forma segura. No entanto, o que se observa é que, em muitos casos, essas normativas são ignoradas ou interpretadas de forma inadequada, o que abre margem para falhas que podem resultar em acidentes. Questões como o cálculo das forças de trabalho, o dimensionamento da caixa de corrida, o tamanho da cabina, cálculo de guias, polias e freio de segurança, devem ser meticulosamente observadas durante a fase de projeto.

Escolha inadequada do tipo de elevador: Outro fator que compromete a segurança está na escolha errada do tipo de elevador. Cada edificação tem suas próprias características de uso, e isso deve influenciar diretamente a especificação do elevador. Por exemplo, um prédio residencial multifamiliar e comercial não pode ser atendido pelo mesmo tipo de elevador utilizado em um edifício de uma única família (elevador unifamiliar). A escolha errada pode levar ao desgaste prematuro dos componentes, à sobrecarga dos sistemas e ao aumento do risco de falhas mecânicas e operacionais.

Memoriais de cálculo mal elaborados: O memorial de cálculo é uma peça fundamental no projeto de qualquer sistema de elevação. Infelizmente, em muitos casos, esse documento não é adequadamente elaborado ou sequer existe. Um memorial de cálculo bem-feito leva em consideração não apenas a capacidade da cabina e dos passageiros, mas também todas as cargas dinâmicas que o sistema suportará durante sua operação. Isso inclui desde cálculo de cargas estática e equivalente, além dos cálculos de tração, cabos de aço, polias, freio de segurança, guias e para-choques. Projetos sem um memorial adequado podem resultar em sistemas subdimensionados, com risco de falhas estruturais.

Projetos copiados ou inadequados: Um erro comum no setor é a reprodução de projetos de elevadores sem considerar as peculiaridades de cada construção. Edificações possuem diferentes demandas de uso, e o que funciona em um prédio não necessariamente será adequado em outro. A prática de copiar projetos de outras obras sem fazer o memorial de cálculo pode resultar em incompatibilidades entre o equipamento e a infraestrutura da edificação, o que aumenta significativamente os riscos de mau funcionamento e, consequentemente, de acidentes.

2. MANUTENÇÃO PREVENTIVA E PREDITIVA

Mesmo que o projeto inicial seja adequado, a manutenção dos elevadores é uma área crítica para garantir sua segurança ao longo do tempo. Existem dois tipos de manutenção que são particularmente importantes: a preventiva e a preditiva.

Manutenção preventiva: A manutenção preventiva consiste em inspeções periódicas realizadas de acordo com cronogramas previamente estabelecidos. A ABNT NBR 16083 é uma norma que orienta a manutenção de elevadores e deve ser seguida rigorosamente. A manutenção preventiva inclui a verificação dos principais sistemas de segurança. Quando bem aplicada, a manutenção preventiva pode identificar falhas antes que se tornem críticas.

Manutenção preditiva: Nos últimos anos, o setor de elevadores tem incorporado tecnologias de manutenção preditiva, que se baseiam na análise de dados coletados em tempo real por sensores instalados no elevador. Esses sensores monitoram variáveis como vibrações, desgaste de componentes e temperatura dos sistemas, permitindo prever falhas antes que ocorram. Com isso, intervenções podem ser realizadas de forma planejada, minimizando os riscos de acidentes e aumentando a vida útil dos componentes.

3. MODERNIZAÇÃO DE ELEVADORES ANTIGOS

Muitos edifícios no Brasil ainda utilizam elevadores antigos, projetados e instalados décadas atrás. Esses equipamentos, além de consumirem mais energia, não possuem os sistemas de segurança mais modernos e seguros. A modernização de elevadores antigos é uma medida indispensável para aumentar a segurança em edifícios antigos.

Substituição de componentes obsoletos: A modernização pode incluir a troca de painéis de controle, sistemas de tração, freios de emergência e mecanismos de portas. Componentes antigos podem falhar de forma imprevisível, e a substituição por equipamentos mais modernos traz não apenas maior segurança, mas também maior eficiência energética e menor custo de manutenção.

Implementação de tecnologias modernas: Sistemas de monitoramento remoto permitem que falhas sejam detectadas e corrigidas antes que comprometam a segurança. Sensores de presença mais sensíveis, que detectam a aproximação de pessoas ou objetos antes do fechamento das portas, e sistemas de resgate automático, que garantem a descida segura do elevador em caso de falha elétrica, são alguns exemplos de inovações que podem ser implementadas durante a modernização.

4. CAPACITAÇÃO CONTÍNUA DOS TÉCNICOS DE MANUTENÇÃO

Outro ponto crítico é a qualificação dos técnicos responsáveis pela instalação e manutenção dos elevadores. O setor de transportes verticais exige mão de obra altamente qualificada, já que qualquer erro pode resultar em acidentes graves.

Treinamentos periódicos: Os técnicos devem passar por treinamentos regulares, principalmente com o avanço das tecnologias e a incorporação de novos sistemas de segurança. Além das competências técnicas, é importante que esses profissionais sejam treinados em segurança do trabalho, seguindo normas como a NR-35 (Trabalho em Altura), a NR-10 (Segurança em instalações e serviços em eletricidade) e a NR-18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção).

Redução de equipamentos por técnico: Reduzir a quantidade de elevadores que um técnico precisa atender mensalmente é crucial, pois, com uma carga de 100 a 200 elevadores, o profissional não consegue realizar um trabalho detalhado em cada unidade. Essa sobrecarga compromete a qualidade do serviço e aumenta o risco de problemas passarem despercebidos, impactando diretamente na segurança dos usuários. Para equilibrar melhor a quantidade de atendimentos, os técnicos podem dedicar mais tempo a cada equipamento, garantindo uma inspeção minuciosa e intervenções mais eficazes. Isso resulta em elevadores mais confiáveis ​​e menos suscetíveis a falhas e acidentes.

5. CONSCIENTIZAÇÃO DOS USUÁRIOS

Embora as falhas técnicas sejam uma das causas dos acidentes com elevadores, o uso inadequado por parte dos usuários também é um fator relevante. Muitas vezes, os próprios usuários realizam práticas inseguras que podem resultar em acidentes.

Comportamentos de risco: Entre os comportamentos de risco mais comuns estão o ato de segurar as portas para impedir que se fechem, a superlotação das cabinas e a tentativa de embarcar ou desembarcar quando o elevador já está em movimento. Esses comportamentos, além de serem inseguros, podem danificar os componentes do elevador.

Campanhas de conscientização: Empresas de manutenção e administradoras de edifícios devem investir em campanhas de conscientização voltadas para os usuários. Sinalizações dentro das cabinas, bem como a distribuição de materiais informativos, podem educar os usuários sobre o uso seguro dos elevadores.

6. AUDITORIAS INDEPENDENTES

Por fim, é essencial que as empresas de manutenção, condomínios e as construtoras implementem auditorias regulares, garantindo que os elevadores atendam aos padrões mais rigorosos de segurança.

Auditorias regulares: Verificações periódicas feitas por engenheiros mecânicos independentes podem identificar falhas nos procedimentos de manutenção e instalação, garantindo que todas as práticas estejam em conformidade com as normas.

Com 40 mortes registradas no Brasil em 2024 até o final de outubro, é claro que ainda há muito a ser feito para garantir a segurança no setor de elevadores. Um projeto bem executado, manutenção adequada, modernização de equipamentos, capacitação dos profissionais e conscientização dos usuários são pilares fundamentais para evitar acidentes e proteger vidas. A implementação dessas práticas, juntamente com auditorias rigorosas, pode garantir que o elevador continue sendo o meio de transporte mais seguro do mundo.

SOBRE O AUTOR

Homem em pé com chapéu Descrição gerada automaticamente

Carlos Eduardo é proprietário da ON Soluções em Engenharia, Engenheiro Mecânico, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Mestrando em Engenharia de Desenvolvimento Sustentável pela UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) e Técnico em Mecânica e Eletrônica. Tem 14 anos de experiência na área de transportes verticais, na qual, trabalhou nas três maiores fabricantes de elevadores e escadas/esteiras rolantes do mundo. Em 2024, se tornou Top Voice do LinkedIn, que leva conteúdos na área de transportes verticais. Também é membro do Comitê Nacional da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), de estudos, atualizações e revisões de normas técnicas pertinentes a Cabos de Aços, Elevadores, Plataformas de Acessibilidade, Escadas e Esteiras Rolantes.

 

Revista Elevador Brasil – Edição 185

KONE modernizará o Aeroporto Internacional King Fahd, na Arábia Saudita

Imagem: Divulgação

A KONE Corporation ganhou um contrato para fornecer soluções integradas de fluxo de pessoas na modernização do Aeroporto Internacional King Fahd (KFIA), também conhecido como Aeroporto Internacional de Dammam, na Arábia Saudita. Gerenciado e operado pela Dammam Airports Company (DACO), o projeto desempenha um papel fundamental na redefinição da experiência de viagem para mais de 11,4 milhões de passageiros por ano.

Os esforços de modernização da DACO no Aerporto ganham ainda mais relevância diante do aumento recorde de 16,2% no tráfego de passageiros em 2023. Esse crescimento é impulsionado, em parte, pelos planos do Reino de expandir sua conectividade, alinhados aos objetivos da Estratégia Nacional de Aviação da Arábia Saudita, que visa alcançar 330 milhões de passageiros até 2030.

“KONE tem orgulho de contribuir para a crescente demanda da Arábia Saudita por infraestrutura inteligente e conectada”, afirma Samer Halabi, vice-presidente executivo da KONE para Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África. “Com nossas soluções de fluxo de pessoas, podemos ajudar a DACO a melhorar a eficiência operacional no local. Estamos ansiosos para otimizar o fluxo de trânsito de aproximadamente 200 mil usuários diários de equipamentos, ao mesmo tempo em que garantimos a atratividade do Aeroporto Internacional King Fahd como um dos terminais de maior desempenho.”

O pedido da KONE, com entrega prevista para o quarto trimestre de 2025, inclui a substituição e instalação de 30 elevadores KONE MonoSpace®, a modernização de 31 escadas rolantes KONE EcoMod, 14 passarelas automáticas KONE EcoMod e a adição de 11 novos elevadores KONE MonoSpace®. Embora os processos de instalação da KONE sejam projetados para minimizar impactos ambientais, esses modelos energeticamente eficientes contribuirão para reduzir a pegada de carbono geral.

No geral, o projeto de transformação da DACO ajudará a manter o KFIA como um dos principais aeroportos internacionais da Arábia Saudita, atendendo a padrões globais de sustentabilidade e oferecendo soluções de mobilidade aprimoradas para uma experiência de viagem fluida.

A KONE registrou o pedido no segundo trimestre de 2024.

Fonte: KONE

PL que prevê fim dos termos “elevador social” e “de serviço” no Distrito Federal é aprovada

Imagem: Divulgação

Os deputados distritais aprovaram, na última quarta-feira (4/12), o Projeto de Lei (PL) de número 675, que proíbe o uso das denominações “elevador social” e “elevador de serviço” em edifícios públicos e privados do Distrito Federal. A proposta, apresentada pelo deputado Max Maciel (PSol), busca combater a discriminação e garantir maior igualdade e dignidade no acesso aos espaços.

O texto estabelece penalidades para quem descumprir a medida, incluindo advertências na primeira autuação e multas de R$ 5 mil para reincidentes no setor privado. A regra também prevê responsabilização administrativa.

Inspirada em uma legislação semelhante aprovada no Rio de Janeiro, a norma foi adaptada para a realidade do Distrito Federal, ampliando o enfrentamento às práticas que limitam o acesso igualitário. O projeto segue agora para sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB).

Engenheiro morre durante manutenção de elevador em Paulínia (SP)

Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas — Foto: Nilsão Live Paulínia/Arquivo pessoal

Um engenheiro mecânico morreu durante a manutenção de um elevador na tarde desta terça-feira (10), em Paulínia (SP). Segundo a Polícia Militar, o óbito foi confirmado pelo médico do serviço municipal de ambulâncias.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a ocorrência ocorreu em um prédio residencial na Rua Almirante Tamandaré, no bairro Jardim Calegaris. A Polícia Civil informou que vítima estaria fazendo uma manutenção de rotina no elevador quando sofreu o acidente.

A Polícia Científica foi acionada para fazer o trabalho de perícia e o caso deve ser investigado pelo Distrito Policial de Paulínia.

Ainda não há detalhes da ocorrência, mas de acordo com informações preliminares, a vítima estaria no 15º andar quando ocorreu o acidente durante o trabalho.

Fonte: G1

SECMIERJ realiza almoço de fim de ano

Na última sexta-feira (7), o SECMIERJ (Sindicato das Empresas de Elevador do RJ) realizou o tradicional almoço de fim de ano na Churrascaria Tourão, na Barra da Tijuca.

O evento contou com aproximadamente 50 pessoas, sendo eles associados e fabricantes, como a Infolev, Addtech, Wittur, Elevcom e Unilub.

Foram realizados sorteios e também foram distribuídos os óculos da Revista Elevador Brasil.

Mulher fica duas horas presa em elevador na estação de trem de Bonsucesso

Incidente ocorreu na estação de trem de Bonsucesso (Foto: O Dia)
Uma mulher ficou presa por pouco mais de duas horas, na manhã desta segunda-feira (9), no elevador da estação de trem de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio. De acordo com a SuperVia, a vítima foi retirada do local por volta das 8h19.

Segundo os bombeiros, agentes do quartel de Ramos foram acionados às 5h51 para a ocorrência. A passageira precisou aguardar a chegada de um técnico da empresa responsável pelo elevador para ser retirada.

Além disso, a SuperVia também informou que acionou o Corpo de Bombeiros após um elevador da estação Bonsucesso apresentar defeito.

Reprodução: Jornal O Dia