Com uma trajetória de mais de 20 anos de mercado, a Elgon Chicotes Elétricos se consolidou como referência na fabricação de chicotes elétricos, atendendo aos mais diversos setores industriais. Fundada em 1997, a empresa possui um histórico de mais de 5.300 projetos executados e um portfólio que abrange mais de 170 parceiros de negócios, destacando-se por sua dedicação à qualidade, inovação e à satisfação de seus clientes.
Visão, Missão e Valores: A base da excelência
A Elgon tem como visão se tornar a melhor empresa do segmento, oferecendo produtos e serviços com qualidade e segurança. Sua missão é realizar de forma rápida, eficaz e inovadora os projetos de seus clientes, sempre alinhada às necessidades específicas de cada um.
Esses pilares são sustentados por valores como ética, transparência, responsabilidade social, respeito ao meio ambiente e colaboração, refletindo o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável e humano.
Política de qualidade: Um compromisso sólido
A Elgon não apenas entrega produtos, ela constrói confiança. Seus processos são certificados pela ISO 9001:2015, garantindo altos padrões de qualidade e segurança em cada etapa da produção. A política de qualidade da empresa enfatiza a satisfação do cliente, a melhoria contínua, a capacitação de profissionais e a manutenção de um ambiente de trabalho saudável.
A Elgon acompanha a evolução dos sistemas de elevação (Imagem: Freepik)
Soluções para o setor de elevadores
Os sistemas de elevação, como elevadores e escadas rolantes, têm evoluído significativamente, incorporando tecnologias que aprimoram a experiência do usuário com recursos de segurança ativa, passiva e interfaces modernas de auxílio sonoro e visual. Nesse cenário, os chicotes elétricos desempenham um papel essencial, conectando os componentes das máquinas ao seu sistema de controle de maneira eficiente e confiável.
A Elgon desenvolve chicotes sob medida para o setor de elevação, garantindo que cada produto atenda às especificações técnicas e às demandas de segurança do cliente. Seja para elevadores de carga ou sociais, escadas ou esteiras rolantes, a empresa entrega soluções robustas e de alta confiabilidade, garantindo a operação segura e eficiente de equipamentos em todo o Brasil.
Conte com a expertise da Elgon para assegurar a eficiência dos seus elevadores (Imagem: Freepik)
Diferenciais que geram valor
Expertise comprovada: Com mais de duas décadas de experiência, a Elgon combina know-how técnico e inovação para oferecer soluções personalizadas que atendem às mais rigorosas exigências do mercado.
Processo de fabricação eficiente: A produção é ágil e cada chicote elétrico passa por testes rigorosos, comprovando a eficiência de um a um antes de ser enviado ao cliente, garantindo desempenho e segurança.
Foco na sustentabilidade: Respeito ao meio ambiente e responsabilidade social são valores centrais, refletidos em todas as operações da empresa.
Parcerias de sucesso: Com uma base de mais de 170 parceiros, a Elgon tem um histórico de colaborações que impulsionam o desenvolvimento de setores estratégicos no Brasil.
Elgon: Conectando o futuro dos sistemas de elevação
Com sua abordagem centrada no cliente e uma história de inovação e qualidade, a Elgon Chicotes Elétricos é um parceiro de confiança para o setor de elevação. A empresa não apenas conecta sistemas, mas também impulsiona a mobilidade vertical, assegurando que cada movimento seja seguro, eficiente e confiável.
Uma mulher, de 59 anos, sofreu uma fratura exposta e teve parte dos dedos da mão direita amputados, após um acidente neste sábado (14), em Gaspar, no Vale do Itajaí. Segundo informado pelo Corpo de Bombeiros, ela estava dentro de um “elevador”, que despencou após rompimento do cabo de sustentação. O equipamento em questão não atende as normas técnicas vigentes.
Testemunhas, que presenciaram a ocorrência, informaram ao CMBSC que o equipamento foi instalado, na casa da vítima, para facilitar o deslocamento dela até o segundo andar.
O elevador despencou de uma altura de três metros. Além de ter que amputar parte dos dedos de uma das mãos, a vítima também sofreu uma fratura exposta no tornozelo direito, além de lesões na tíbia e fíbula da perna esquerda.
O Conselho de Administração da Schindler Holding Ltd. nomeou Paolo Compagna, atualmente Diretor de Operações (COO), como CEO, com início previsto para 1º de abril de 2025. Silvio Napoli, que ocupa atualmente os cargos de Presidente do Conselho e CEO, trabalhará com Paolo Compagna na transição da liderança até a próxima Assembleia Geral de Acionistas, agendada para 25 de março de 2025.
Saiba mais sobre o novo CEO
Paolo Compagna é membro do Comitê Executivo do Grupo Schindler desde 2015, ocupando o cargo de Diretor de Operações (COO) desde janeiro de 2022, após ser responsável pela região Europa Norte. Ele ingressou na Schindler em 2010 e desempenhou diversos papéis de liderança na Alemanha, incluindo o de CEO da Schindler Alemanha. Compagna possui formação em engenharia elétrica pela TH Köln, Alemanha, e em engenharia de negócios pela BHT, Berlim, Alemanha.
“Com Paolo Compagna, a empresa pode contar com o líder certo, com um histórico comprovado para enfrentar os desafios e oportunidades do futuro”, afirmou Silvio Napoli.
Após mais de 30 anos na empresa, Silvio Napoli decidiu não se candidatar à reeleição para o Conselho de Administração na próxima Assembleia Geral de Acionistas, marcada para 25 de março de 2025, optando por buscar novos desafios em sua carreira.
“Foi uma honra e um privilégio servir à empresa por mais de trinta anos. Sou profundamente grato ao Conselho de Administração pela confiança e gostaria de agradecer às equipes da Schindler, com quem tive o prazer de trabalhar lado a lado em todo o mundo,” comentou Silvio Napoli.
O Conselho de Administração agradece a Silvio Napoli por sua notável contribuição ao longo das últimas três décadas. Ele deixará a Schindler com um legado impressionante, incluindo um bem-sucedido processo de recuperação liderado por ele nos últimos três anos, em meio a um ambiente desafiador.
A partir de 1º de abril de 2025, o Comitê Executivo do Grupo será composto pelos seguintes membros: Paolo Compagna (CEO), Matteo Attrovio (CIO), Danilo Calabrò (Europa Sul), Donato Carparelli (CTO), Carla De Geyseleer (CFO), Vikén Martarian (Américas e Escadas Rolantes), Hugo Martinho (Recursos Humanos), Meinolf Pohle (Europa Norte), Robert Seakins (Ásia-Pacífico) e Daryoush Ziai (China).
A Prefeitura de Ponta Grossa, no Paraná, abriu uma licitação para adquirir novos elevadores para a sede do governo municipal. O valor de investimento é de até R$ 1,7 milhão. A licitação 231/2024 será no dia 19 de dezembro, de forma online, às 9 horas. O edital prevê a contratação de uma empresa para o fornecimento, instalação e manutenção de três elevadores de passageiros, incluindo a desmontagem e destinação adequada dos já existentes.
De acordo com o documento divulgado no Portal da Transparência, “os elevadores existentes na sede da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, com quase 50 anos de utilização, demandam gastos com energia e constantes manutenções, além de contar com tecnologia inferior às atuais. Os elevadores encontram-se com várias partes avariadas, acabamentos desatualizados, acessórios antigos e defeitos constantes, principalmente nas portas”, diz o edital.
Os elevadores deverão ter capacidade para transportar no mínimo 10 pessoas ou carga mínima de 750kg.
Gastos com os atuais elevadores
A Prefeitura de Ponta Grossa ressalta que, atualmente, nos elevadores da sede, “a sinalização dos pavimentos é ultrapassada, o desempenho e a segurança dos elevadores são defasados com relação às tecnologias modernas e, na atualidade, tudo nos impede até mesmo de se conseguir peças de troca”.
E ainda acrescenta que “todos os gastos de tentativa de atualização, bem como de constantes manutenções, pode-se afirmar que a aquisição no momento é o que traz maior vantajosidade, eficiência e eficácia ao município”, finaliza a justificativa.
Tecnologia possibilita integração com ALEXA, agendamento do elevador e função SOS para um atendimento imediato em situação de emergência Quando a RBA Elevadores Online desenvolveu a tecnologia I.AM (Inteligência Artificial Monitorada), uma série de inovações surgiu movimentando o mercado. Foi nesse momento que virou uma chave e a empresa de elevadores se transformou em uma empresa de tecnologia com várias novidades, equipamentos com maior precisão e mais segurança, design surpreendente e várias possibilidades que ninguém havia desenvolvido.
A tecnologia I.AM está presente em toda empresa, desde o início dos atendimentos e orçamentos até a instalação dos equipamentos na residência, empresa ou indústria. Seus elevadores são projetados para otimizar o fluxo de pessoas, melhorar a segurança e reduzir o consumo de energia, prever picos de uso, ajustando a operação para minimizar o tempo de espera e oferecendo uma experiência personalizada.
E como a RBA não para de inovar, a maior novidade na tecnologia I.AM que a empresa está lançando é a comunicação via WhatsApp com o elevador, onde o cliente vai poder solicitar ao equipamento, subir ou descer para o pavimento desejado, ligar e desligar, mudar configurações, pedir informações e tirar dúvidas. Uma grande inovação para o mercado de elevadores.
Entre as principais funções estão:
ALEXA – Integração e conectividade onde você pode chamar o seu elevador pela ALEXA.
AGENDAMENTO – Você programa seu elevador para esperar com hora e dia marcado no pavimento que desejar.
FUNÇÃO SOS – Função que proporciona atendimento via chat pela tela do elevador, mais rápido e preciso. O cliente em situação de emergência poderá falar com o plantonista imediatamente.
PERSONALIZAÇÃO – Você pode incluir fotos, animações e cores, voz masculina ou feminina e gênero musical para tocar no elevador.
FUNÇÃO KIDS – Mais segurança e controle para você que tem criança na família. Basta habilitar pela tela do elevador ou pelo APP para você ter mais essa tranquilidade! A criança aperta os botões mas o equipamento não se move. Para acionar, o adulto pressiona por alguns segundos.
TELA DE PAVIMENTO TOUCH SQUARE 4 – Entre as funções estão o botão de chamado, indicação de pavimento, chamado SOS via QRcode, senha de acesso para entregas delivery ou segurança.
E mais:
– Comunicação remota do seu elevador em tempo real com a empresa;
– Com a tecnologia I.AM, o robô gerencia todos os elevadores online, procurando por anomalias e informando o time de manutenção sobre esses eventuais diagnósticos, muitas vezes antes mesmo do cliente perceber o possível imprevisto ou detectar uma condição de cliente preso na cabine;
– Equipe de instalação e manutenção opera o equipamento pelo smartphone e também tem na palma da mão a informação de todos os sensores do elevador e seus parâmetros;
– Humanização do equipamento com a criação de um nome para o equipamento;
– Empresas de grande porte podem monitorar o elevador em tempo real através de dashboard com acesso exclusivo: temperatura do óleo, estados de todos o IO´s, quantidade de uso por dia e horário, status das portas e status de movimentação.
A RBA Elevadores Online não para de movimentar o mercado. Em breve, muitas novidades para você. Siga as redes sociais e acesse www.rbaelevadores.com.br e conheça todas as soluções em elevação!
A Infolev Elevadores, uma referência no setor de transporte vertical, com mais de três décadas de atuação no mercado de elevadores, está mais do que nunca comprometida com a inovação e a capacitação profissional dos seus colaboradores e parceiros. Nesse contexto, a empresa decidiu ampliar sua presença digital por meio do seu canal no YouTube, um espaço especialmente dedicado à disseminação de conhecimentos técnicos, comerciais e informativos sobre seus produtos.
O canal é uma resposta à crescente demanda por conteúdos didáticos que sejam rápidos e acessíveis, refletindo a missão da Infolev de liderar o mercado não apenas por meio da qualidade de seus elevadores, mas também através do compartilhamento de conhecimento especializado. Este esforço beneficia toda a cadeia de profissionais que atuam nas áreas de manutenção, instalação e conservação de elevadores, promovendo uma formação contínua e facilitada que é vital para a segurança e eficiência no setor.
Capacitação ao alcance de todos
Um dos grandes diferenciais do canal da Infolev é a diversidade de conteúdos voltados à capacitação profissional. Com vídeos instrutivos e tutoriais detalhados, os profissionais do setor podem acessar informações essenciais sobre a programação dos produtos da marca, o uso de inversores e orientações sobre diagnóstico de falhas. Esse material é fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento das habilidades técnicas, bem como conhecimentos dos profissionais, permitindo que acessem informações práticas e rápidas, seja em campo ou no conforto de suas casas, em qualquer horário.
O formato acessível dos vídeos transforma o aprendizado em uma experiência mais dinâmica. Os usuários podem rever os conteúdos quantas vezes forem necessárias, facilitando a fixação do conteúdo e a aplicação prática no dia a dia. A Infolev acredita que a capacitação deve ser uma constante jornada e, por isso, se empenha em disponibilizar conteúdos que realmente façam a diferença na formação profissional.
Se você ainda não conhece o canal da empresa, está perdendo uma oportunidade incrível! Confira um resumo dos conteúdos disponíveis:
Vídeos de Produtos: Explore de maneira simples as vantagens e funcionalidades dos comandos e acessórios da Infolev. Com vídeos curtos e diretos, é fácil compartilhar com seus clientes que buscam modernizar seus elevadores. Ideal para síndicos!
Vídeos de Instruções Técnicas: No canal Infolev, você encontra uma variedade de dicas e instruções técnicas que tornam a instalação e o dia a dia dos técnicos muito mais fáceis.
Vídeos de Treinamento Comercial: Acesse conteúdos de qualidade que ajudam a treinar e aprimorar a performance do seu consultor comercial, garantindo uma equipe mais preparada e eficaz.
Vídeos de Treinamento Técnico: Com materiais especializados, nossos vídeos são perfeitos para o desenvolvimento e aperfeiçoamento das habilidades dos técnicos, assegurando serviços de alta qualidade.
Institucionais e Dicas: Aqui, você encontra conteúdos sobre a Infolev, incluindo novidades e dicas úteis que podem ser compartilhadas com síndicos e condomínios. Mantenha-se informado e atualizado!
Conteúdo informativo e lançamentos de produtos
Além de oferecer capacitação profissional por meio de treinamentos presenciais em todo o Brasil, ao vivo via Zoom e uma plataforma online, tanto para a área técnica, quanto para aérea comercial, a Infolev também investe na criação de conteúdos que destacam os lançamentos de novos produtos e inovações tecnológicas.
Um exemplo notável é o Comando Infoslim, uma inovação com mais de quatro anos de sucesso, que permite o controle de elevadores sem a necessidade de uma casa de máquinas. Os vídeos de apresentação detalham as características e vantagens de cada novo produto, desde componentes eletrônicos até sistemas de gerenciamento de elevadores.
Essa abordagem não apenas informa os clientes e parceiros sobre as últimas novidades, mas também facilita a escolha de soluções que atendam às necessidades específicas de cada um. O acesso à informações precisas e atualizadas é essencial para que os profissionais possam tomar decisões mais embasadas e seguras.
Acessibilidade e atualização constante
O canal da Infolev no YouTube é atualizado regularmente, garantindo que novos conteúdos estejam sempre à disposição dos usuários. Com vídeos objetivos e bem estruturados, os profissionais do setor podem facilmente encontrar o que precisam, seja para aprender novas técnicas, acompanhar inovações da empresa ou compartilhar informações valiosas com seus clientes.
Esse compromisso com a atualização constante e a acessibilidade é um dos pilares da Infolev, refletindo sua preocupação em manter a comunidade de profissionais sempre informada e preparada para os desafios do mercado.
Um canal para o futuro
A criação do canal da Infolev no YouTube é uma prova de que o futuro do setor de elevadores está intimamente ligado à capacitação ininterrupta e à inovação tecnológica. Com conteúdos que abrangem desde aspectos técnicos até comerciais e operacionais, a Infolev se posiciona como um recurso robusto para todos os profissionais que buscam se destacar em suas áreas de atuação.
O canal vai além de uma simples plataforma de vídeos; ele se tornou um verdadeiro espaço de aprendizado, inovação e troca de conhecimento. Para técnicos, clientes e parceiros, esse canal é uma referência, refletindo o compromisso da Infolev com o desenvolvimento dos profissionais do setor.
Portanto, não perca tempo! Acesse o canal da Infolev Elevadores no YouTube e inscreva-se. Junte-se a esta comunidade crescente de profissionais que buscam se atualizar e se aprimorar, e aproveite a oportunidade de aprender com os melhores. O futuro do setor de elevadores começa aqui, com você!
Os novos acessos mecânicos ao Castelo de Leiria, em Portugal: um elevador inclinado e dois elevadores verticais
Vista geral do elevador (Créditos da imagem: Liftech)
A Cidade de Leiria é a capital do Distrito com o mesmo nome e localiza-se a 150 km a norte de Lisboa. É situada nas margens do rio Lis e nela podemos apreciar dois importantes patrimónios: a Sé Catedral, de estilo maneirista e construída no seculo XVII no Reinado de D. João III e o Castelo medieval.
Castelo de Leiria
O Castelo de Leiria domina a paisagem do centro histórico e foi classificado como Monumento Nacional em 1910. De origem medieval, tem uma planta poligonal, com importante sistema defensivo rodeando o reduto central, onde se encontram o Paço Real, a Igreja de Nossa Senhora da Pena e a Torre de Menagem.
Em 2021, foram concluídas as obras de requalificação do Castelo, a cargo da Câmara Municipal de Leiria, que permitiram não só valorizar a sua riqueza patrimonial e aumentar o seu potencial turístico, como tornar mais fácil o seu acesso à pessoas com mobilidade reduzida, através da construção de dois acessos mecânicos (um do lado Sul e outro do lado Norte), inaugurados também em 2021. Esta empreitada, com um custo estimado em 2 milhões de euros (aproximadamente R$ 11.700.000,00), foi financiada em cerca de 900 mil euros pela Comunidade Europeia.
Os elevadores
No lado sul, temos um conjunto de dois elevadores verticais, instalados em estruturas auto-portantes e interligados por um passadiço metálico, montados em estrutura aberta, que permitem o acesso ao Castelo a partir do Largo da Sé, vencendo um desnível total de 24 metros.
No lado norte, temos um elevador inclinado, com um curso de 110 metros, vencendo um desnível de 36 metros, que permite o fácil acesso ao Castelo a partir do lado norte (junto ao estádio de futebol).
*É de referir que este tipo de elevador inclinado é muito pouco usual em Portugal, pois somente existem quatro instalações similares.
O projeto destes acessos mecânicos foi da autoria do arquiteto Vítor Cruz e do gabinete de arquitetura A.M.V.C. Houve um cuidado especial na integração na paisagem envolvente, que resultou na escolha de uma cor “bordeaux” para todos os equipamentos. Estes elevadores são de utilização gratuita e funcionam com o mesmo horário do Castelo.
A obra dos acessos mecânicos ao Castelo de Leiria foi realizada pela empresa portuguesa LIFTECH, tendo sido inaugurada em março de 2021. É de notar que todas estas instalações funcionam ao ar livre e, por isso, são tomadas medidas de proteção contra as intempéries.
Os dois Elevadores Verticais
Cabina do Elevador Vertical
Vista aérea dos elevadores verticais (Créditos da imagem: Liftech)
– Cabine e portas panorâmicas;
– Capacidade da cabina: 630 kg / 8 pessoas;
– Velocidade: 1,0 m/s;
– Acionamento elétrico com máquina tipo MRL (machine room less).
O Elevador Inclinado
Cabina do Elevador Inclinado
Vista aérea do Elevador Inclinado (Créditos da imagem: Liftech)
(Segundo as normas aplicáveis, considera-se um elevador inclinado quando a sua inclinação é inferior a 75 graus)
– Cabine e portas panorâmicas;
– Capacidade da cabina: 1600 kg, 20 pessoas;
– Curso: 110 m;
– Desnível- 36 m;
-. Inclinação: 19 graus;
. Velocidade: 1,6 m/s;
– Máquina gearless de origem italiana – Maspero Elevatori;
– Suspensão: 5 cabos com diâmetro de 11 mm;
– Dispõe de uma calha articulada que contém os cabos de manobra, assim como um paraquedas que atua na guia central que está instalada na estrutura, comandado por um limitador de velocidade, como em um elevador “normal”;
– Dispõe também de um caminho de evacuação, concretizado por uma escadaria metálica situada do lado direito de quem sobe;
– Cumpre a Diretiva Europeia de Ascensores 2014/33/UE e a Norma EN81-22 (Regras de segurança para a construção e instalação de elevadores com caminho de viagem inclinado).
Notas.
– As inclinações citadas neste artigo são referidas à horizontal.
– As fotos são do autor, à exceção de outras cedidas pela LIFTECH, devidamente identificadas.
Agradecimentos
Eng Antonio Garrido, LIFTECH
Eng André Guerra, LIFTECH
*Baseado em artigo publicado sobre o mesmo tema em setembro de 2024, na revista portuguesa Elevare.
SOBRE O AUTOR
António Carlos de Andrade Figueiredo Vasconcelos é licenciado em Engenharia Eletrotécnica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, em Portugal. Fez toda sua vida profissional na efacec, tendo ocupado diversos cargos, como responsável pelos Estudos da Divisão de Elevadores, Chefe de Divisão de Elevadores, Chefe da Divisão de Sistemas de Sinalização e Tracção e Membro da Ordem dos Engenheiros, com o título de Especialialista em Transportes e Vias de Comunicação. Publicou vários livros sobre transportes ferroviários, como “As pontes dos rios Douro e Tejo”, “Os troleicarros do Porto”, “A Ponte Luiz I” e “Elevadores com história”. É colaborador da revista online “Elevare”, assinando a rubrica “Ascensores com historia” e Colaborador da revista ferroviária Bastão Piloto.
Este artigo tem o objetivo de apresentar e esclarecer o que é o projeto de instalação e sua importância nas fases de desenvolvimento dos equipamentos de transporte vertical.
O que é o projeto de instalação?
É um documento onde consta o escopo básico do equipamento adquirido pelo cliente com informações como dimensões de cabina, capacidade, percurso, utilização do equipamento, espaço de maquinaria e aberturas para ventilação. Também é no projeto de instalação que são indicadas todas as informações construtivas para que o cliente execute o local para receber o equipamento, como dimensões de caixa e suas tolerâncias, vigas para fixação dos suportes e portas, rebaixos, dimensões de poço, última altura, entre outros, conforme necessidade de cada tipo de equipamento e requisitos mínimos de norma.
É muito comum ver empresas venderem equipamentos e não fornecerem o projeto de instalação ao cliente, em muitas vezes, por questões de custo ou até por desconhecer a importância desse documento, passando as orientações construtivas informalmente ou até deixando que o cliente execute por conta própria. O grande risco nessas situações é não ter a garantia de que o local será executado corretamente suportando o equipamento a ser instalado e seguindo as normas de segurança, isso tanto para o cliente, quanto para a empresa, podendo inclusive gerar acidentes nas fases de instalação e até utilização dos usuários.
Todos os equipamentos devem possuir o projeto de instalação, desde equipamentos mais simples, como residenciais, quanto equipamentos de grande porte, como cargueiros. Se o equipamento for adquirido por uma empresa terceira, essa deve fornecer o projeto, pois é ela que desenvolveu o equipamento e conhece as necessidades para a correta instalação do mesmo. O projeto de instalação não é utilizado somente no momento da instalação do equipamento, e sim em praticamente todas as etapas do processo de aquisição, fabricação e entrega. Veja as diversas fases em que o projeto de instalação auxilia o cliente e a empresa:
Contrato:
Após a assinatura do contrato, o projeto de instalação é elaborado. Esse momento é muito importante, pois o cliente deve conferir se as características do equipamento informadas no projeto condizem com o que foi adquirido, e também todos os itens que deve executar no local para receber o equipamento, como dimensões de caixa, distância entre pavimentos, vigas, impermeabilizações, cargas que serão exercidas, ganchos, elétrica, entre outros. É nessa etapa que a compatibilização entre o projeto de instalação e o projeto do local deve ser feita.
Em alguns clientes, como grandes construtoras, essa etapa pode durar dias ou até meses, pois vários departamentos devem analisar e validar o projeto como civil e elétrica. Vale ressaltar que ao validar o projeto de instalação, o cliente não assume a responsabilidade da fabricação do equipamento, e sim assume que tem ciência de todos os itens que devem ser preparados para que a instalação do equipamento seja possível. Em diversas situações, o prazo de entrega do equipamento é iniciado somente a partir da data da validação do projeto.
Fabricação do equipamento:
Após o cliente validar o projeto de instalação, é o momento de iniciar o processo de fabricação do equipamento. Itens como projeto de fabricação, lista de materiais e lista de compras são iniciados, aumentando assim a importância do cliente em validar o projeto, pois assim que iniciado o processo de fabricação, qualquer alteração que tenha no projeto de instalação vai afetar o andamento do processo, gerando retrabalhos, custos adicionais e readequações de prazo.
Essa informação deve constar no contrato de venda, para que a empresa fabricante possa se resguardar em caso do local não ser executado em conformidade com o projeto. Em muitas situações, por não haver um projeto validado pelo cliente, o fabricante acaba tendo que assumir os custos de retrabalho.
Acompanhamento de obra:
Em paralelo com o processo de fabricação do equipamento, são realizadas as vistorias técnicas de obra, onde o vistoriador confere junto com o responsável da obra se todos os itens do projeto de instalação estão sendo atendidos com o auxílio de um check list (cada empresa deve possuir seu próprio modelo). Essa etapa é muito importante, pois o cliente deve ser corretamente orientado e deve executar o local conforme o projeto de instalação. É comum algumas empresas aguardarem a primeira vistoria para liberar definitivamente a fabricação do equipamento, tendo tempo para ajustes no projeto devido a imprevistos encontrados na obra.
Instalação:
Como o nome já diz, o projeto de instalação, além das outras etapas, também é utilizado pelos instaladores, onde vão possuir informações como entre guias, posicionamentos de cabina, porta, máquinas, ganchos, rebaixos e elétrica. Imagine a dificuldade para os instaladores em iniciar uma instalação sem o projeto, principalmente em situações que as construções estão fora de prumo, gasta-se mais tempo e consequentemente, dinheiro, pois o período de instalação se estende. Outra situação é se houver a necessidade da troca da equipe de instalação durante o processo, com o projeto é possível identificar e conferir o que a equipe anterior executou.
Entrega definitiva:
Etapa em que o equipamento é validado e entregue ao cliente final. Nesse momento, também se usa o projeto de instalação, a fim de validar todos os itens junto com a empresa. Confere-se, por exemplo, as dimensões de cabina, indicações de pavimento e dimensões de porta. Após a entrega ao cliente, o projeto fica arquivado e disponível para futuras consultas.
É importante ressaltar que cada tipo de equipamento possui uma norma NBR ABNT com informações para execução do local e fabricação dos equipamentos, como elevadores de passageiros, elevadores de carga, elevadores de maca, escadas e esteiras rolantes – informações que vão desde a área X capacidade do equipamento até espaços necessários para manutenção. Sendo assim, o projeto de instalação possui não só informações características de cada equipamento, mas também itens normativos onde são exigidos para trazer segurança não só para o usuário, mas para instaladores e empresas mantenedoras.
E lembre-se: o projeto de instalação deve ser feito por profissionais capacitados com conhecimento das normas, pois elas são sempre atualizadas. Entregar um projeto de instalação com as devidas referências normativas, completo e específico para cada cliente é um diferencial, gerando confiabilidade e segurança para a empresa e ao cliente.
Figura 1: Planta baixa de um elevador de carga.
Figura 2: Cortes de dois elevadores.
Figura 3: Parte de um projeto de instalação de quatro escadas rolantes.
As normas
Nessa parte, não tenho o objetivo de explicar cada norma ou até mesmo listar cada uma das normas existentes. O objetivo é apresentar as normas que são mais usuais e comentadas que possuem requisitos mínimos de segurança para fabricação, preparação da obra e instalação. Porém, vale ressaltar a importância de se buscar cada norma específica para o tipo de equipamento a ser oferecido ao cliente, pois cada uma tem seus requisitos.
A norma ABNT NBR 16858-1:2021 veio para substituir outras normas anteriormente separadas, são elas: NBR NM 207:1999 Elevadores Elétricos, NBR NM 267 Elevadores Hidráulicos e NBR NM 16042:2012 Elevadores Sem Casa de Máquinas. Assim, ficou mais fácil fazer consultas, pois temos todos esses tipos de equipamentos na mesma norma. A junção dessas normas foi feita por haver vários itens que são iguais em ambas as normas.
O conhecimento dessa norma é indispensável para a elaboração do projeto de instalação, por possuir informações importantes, como: área útil mínima e máxima da cabina para determinada capacidade, altura mínima da cabina, modelos de escada para acesso ao poço, requisitos de iluminação da caixa, modelos de porta, entre outros.
Figura 4: Norma ABNT NBR 16858-1
Outra norma importante é a ABNT 16734-1:2022, onde os equipamentos tratados são Escadas Rolantes e Esteiras Rolantes. Pode-se citar requisitos importantes que constam nessa norma: espaço livre para os usuários, folgas entre a estrutura do prédio e as escadas / esteiras rolantes, exemplos de barreiras nos patamares, velocidade e ângulo de inclinação conforme os desníveis, defletores verticais, espaçamento entre escadas paralelas e espaço mínimo para acesso aos patamares.
Figura 5: Norma ABNT NBR 16734-1
Vale a pena consultar o catálogo de normas no site da ABNT, onde é possível ver quais são as normas vigentes para cada tipo de equipamento, principalmente antes de iniciar um projeto de instalação ou até mesmo orientar o cliente a executar algum item na obra. Aualmente, existem normas para todos os tipos de equipamento atualizadas ou em atualização como plataformas, elevadores unifamiliares, cargueiros e acessibilidade para elevadores de passageiros – inclusive para equipamentos já instalados, onde há necessidade de modernizações ou melhorias relacionadas à segurança.
SOBRE O AUTOR
Júlio César Santos é Tecnólogo em Gestão da Produção Industrial, Pós-graduado em Engenharia de Produção, Engenharia Civil com Ênfase em Sistemas Construtivos, Engenharia Elétrica com Ênfase em Instalações Industriais e possui MBA Em Gestão de Projetos. Possui 17 anos de experiência no ramo de transporte vertical, tendo experiência em vistorias técnicas, treinamentos técnicos a gerentes de unidades e instaladores, e elaboração de projetos. Atualmente, trabalha com projetos de instalação e fabricação para diversas empresas no Brasil, levando conhecimento e auxiliando as empresas a fornecerem projetos e equipamentos dentro dos requisitos normativos.
Excesso de atividades e agenda caótica podem esconder falta de autogerenciamento empresarial eficiente
Uma das respostas mais clássicas que ouvimos quando encontramos um profissional que atua na área de elevador é: “estou muito espigado! Minha agenda é uma loucura”. É verdade que essa correria não é um privilégio apenas de quem trabalha com elevador. No entanto, em um segmento que lida com grande complexidade (tanto do produto e serviço, quanto da composição dos condomínios), essa realidade é incontestável.
O dia a dia das empresas conservadoras de elevador demonstra uma grande dificuldade em seguir uma rotina mais organizada, que tem como principal origem fluxos de trabalho truncados, em que os profissionais precisam paralisar suas atividades frequentemente para dar início a alguma demanda não prevista. Essa falta de eficiência também é consequência de responsabilidades mal definidas, em que mais de uma pessoa executa a mesma tarefa. Falta de comunicação entre as áreas, gerando retrabalho. Além, é claro, da ausência de ferramentas mais eficazes de organização que simplifiquem e automatizem processos.
Por outro lado, existe uma grande resistência por parte dos profissionais em aceitar a implantação de processos e sistemas que reduzam etapas desnecessárias e tornem o tempo mais bem aproveitado, gerando mais eficiência.
A combinação desses fatores produz profissionais desmotivados e frustrados, bem como empresas ineficientes que perdem lucratividade e nem entendem muito bem como isso acontece, já que todos os profissionais estão exaustos e reclamando de excesso de trabalho.
Com o objetivo de solucionar essa equação, alguns empresários partem para a automatização dos seus processos, implantando sistemas modernos e com muitas funcionalidades. Ao final de uma longa e cara jornada de implantação, na maior parte das vezes, vem um grande susto: o sistema não resolveu nem 30% dos problemas, os colaboradores reclamam muito da utilização e o cliente sente que algo não vai bem.
Aí surge a grande pergunta: será que não existe um sistema funcional e eficiente adequado para o nosso segmento? A minha resposta é bastante objetiva: “existem sistemas eficientes para todos os segmentos de mercado, com valores bastante acessíveis. Portanto, o problema das empresas de elevador não são os sistemas! A falha está na falta de organização, de fluxos de trabalho e de comunicação, que a maior parte dos gestores não implementa antes de contratar um bom sistema”.
Essa é a realidade de todos os departamentos das empresas multimarcas, mas a área comercial é uma das mais afetadas. Além de ser “o telhado de vidro” da empresa, a falta de organização prejudica diretamente os resultados dessas equipes.
FALTA DE ORGANIZAÇÃO, RESULTADOS QUESTIONÁVEIS
Para o bom desempenho da área comercial, é fundamental que o consultor confie nos processos anteriores à sua atuação e, principalmente, naqueles que acontecem após a venda, isto é, a execução do que foi negociado com o cliente. Não é nada fácil atuar em uma empresa em que a especificação enviada pelos técnicos não é confiável, por exemplo. Ou que a precificação dos componentes não está disponível. E desesperador não poder contar com prazos claros de execução de uma proposta aprovada com o cliente, mesmo quando o status é de urgência.
Quando essa é a realidade da empresa, o consultor mais experiente – com o propósito de proteger sua reputação – vai agir para além da sua esfera de atuação. Sua energia que deveria ser aplicada para gerar novos negócios, será usada para entender o real escopo da proposta ou para negociar com a equipe técnica a data de execução de um serviço de reparo que atenda ao status de urgente (colocado pela própria equipe técnica no início do processo!).
O consultor comercial se torna um negociador interno, usando suas habilidades para contornar obstáculos e conflitos gerados pelas equipes da empresa em que ele atua. Para cada venda, ele calcula o esforço aplicado internamente para atender aquela demanda. Muitas vezes esse esforço é tão grande que não vale a pena em relação a remuneração recebida. Assim, a médio prazo, esse profissional gera muito menos resultados do que havia sido estipulado.
Já o consultor inexperiente se frusta rapidamente, preferindo mudar de empresa. Essa alta rotatividade de profissionais deixa um rastro de mau atendimento, prejudicando não só o profissional, quanto a conservadora e todo o segmento de transporte vertical.
BONS RESULTADOS EXIGEM PROFISSIONALIZAÇÃO
Grande parte das empresas prestadoras de serviço do segmento de transporte vertical nasceu como pequeno negócio e prosperou graças a dedicação e o conhecimento técnico de seus proprietários. Esses empreendimentos costumam nascer enxutos e crescem aos poucos, priorizando a realização das atividades operacionais em detrimento ao planejamento estratégico. Com o aquecimento do mercado condominial após a pandemia, muitas empresas multimarcas passaram a ser procuradas por condomínios insatisfeitos com os atuais prestadores de serviço e viram suas carteiras de clientes crescerem rapidamente. Conclusão: a forma de gerir anteriormente, que dava conta de um negócio pequeno, já não atende às demandas diárias de uma empresa de médio porte.
Analisando especificamente a área comercial, os consultores estão em um momento caótico em que os clientes exigem mais transparência, velocidade e soluções assertivas. Enquanto a empresa está batendo cabeça em processos internos mal resolvidos e os gestores continuam cobrando metas de vendas, como se a desorganização interna não tivesse forte impacto na decisão do cliente.
Nessa nova realidade, acompanho várias empresas que não conseguem atrair bons consultores comerciais e diversos profissionais, com bom potencial, a procura de empresas que ofereçam condições adequadas de trabalho.
Por isso, o momento é de reorganização das empresas que atuam em condomínio, já que esse mercado está em profunda mudança. O síndico compara a empresa que faz manutenção de elevador a outros prestadores de serviço e não apenas às outras empresas de elevador.
Portanto, é fundamental que quem que realiza a manutenção, a conservação e a modernização de elevadores faça um mapeamento claro dos fluxos de atividades e indique quais são os gargalhos que precisam ser tratados rapidamente. Veja alguns dessas atividades:
Qualidade do Recado (Ordem de Serviço): como está a qualidade das solicitações geradas pela equipe técnica? Os recados (ou ordens de serviço) são legíveis, trazem a informação técnica necessária e quando transformados em propostas costumam realmente solucionar o problema detectado?
Catálogo de Peças e Componentes: a equipe comercial tem dificuldade em encontrar os códigos das peças e componentes para gerar propostas rapidamente? Normalmente o consultor comercial precisa falar com o técnico para “decifrar” qual item fará parte da proposta?
Precificação: a empresa conta com uma tabela de preço atualizada e confiável para cerca de 80% dos itens mais consumidos pela carteira? Ou a cada proposta, o consultor precisa orçar o componente, precificar e verificar se aquele cliente já recebeu uma proposta anterior com valores muito diferentes?
Prazo de Execução: o consultor tem uma relação de prazo de execução pré-estabelecida e confiável para negociar com o cliente? A empresa tem um planejamento eficiente para execução de serviços, separando o que pode ser feito na próxima preventiva ou que exigirá uma equipe específica e em quanto tempo entrará na fila?
Política Comercial e Autonomias Comerciais: a área comercial tem regras claras sobre autonomia de desconto e de gratuidade? Em negociações mais complexas, o consultor se sente a vontade em tomar uma decisão mais agressiva para não perder o negócio?
Acompanhamento da execução: a área comercial pode confiar que o prazo de execução negociado com o cliente vai ser cumprido? O consultor será avisado caso haja problemas e esse prazo estiver comprometido? Ele será avisado a tempo para tratar com o cliente e reverter uma possível insatisfação?
Para responder a essas perguntas, é importante envolver os profissionais das áreas que impactam os bons resultados da equipe comercial. Portanto, o ambiente deve ser propício para levantar questões dolorosas sem gerar constrangimentos ou retaliações. A moderação realizada por um profissional que sabe fazer gestão de conflitos é essencial. Só assim os gargalos operacionais poderão ser tratados e a equipe comercial passará a ser questionada efetivamente pelos seus resultados.
SOBRE A AUTORA
Kátia Marim Treviso é jornalista, especializada em marketing e idealizadora do Canal Conversa de Elevador. Com mais de 25 anos de experiência no setor de elevadores, atua como desenvolvedora de treinamentos, mentora e consultora empresarial.
Norma Mundial de Elevadores ISO 8100-1/2 promete uma nova era no setor
Pode parecer surpreendente falar em uma nova norma para elevadores logo após a implementação da ABNT 16.858 no Brasil. No entanto, a norma brasileira foi baseada nas normas europeias EN 81-20/50, publicadas na Europa em 2014 e que se tornaram obrigatórias em 2017.
Cerca de 90% dos países do mundo adotam normas europeias de elevadores. Exceções significativas são os Estados Unidos, que seguem as normas ASME, e o Japão, que utiliza o padrão JIS.
As normas globais de qualquer setor são publicadas pela ISO (International Organization for Standarization), e no caso dos elevadores, há um projeto avançado: a ISO 8100-1/2, que está em vias de ser publicada pelo Comitê ISO TC 178. (vide https://www.iso.org/committee/53970.html)
WEEF – WORLD ELEVATOR ESCALATOR FEDERATION
Formada em abril de 2019, a World Elevator Federation, com a AEM (Associação de Elevadores do Mercosul) como membro fundador, visa beneficiar consumidores, a indústria e garantir o desenvolvimento sustentável. As associações se comprometem a uma abordagem colaborativa e aberta com todas as partes interessadas para desenvolver padrões internacionais relevantes para seus produtos. O objetivo imediato é promover e melhorar a segurança, facilitar a inovação tecnológica e a livre circulação de mercadorias em todo o mundo, com estreita colaboração entre especialistas em padronização.
OBJETIVOS DA WEEF
Harmonização Técnica Global: Baseada na ISO 8100-1/2, que é uma evolução da EN 81-20/50 e da atual norma brasileira NBR 16.858.
Certificação Única: Um único certificado de conformidade aceito globalmente (um padrão, um teste e um certificado).
Promoção da Segurança e Qualidade: Elevar os níveis de segurança e qualidade em todo o mundo.
A EVOLUÇÃO E OS PRAZOS
A previsão inicial era a publicação no primeiro trimestre de 2025, mas surgiram obstáculos, como reservas legais da União Europeia, com mais de 1.000 comentários sobre as normas. A EN 81-20/50 não atendia aos novos regulamentos internos da CEN. Além disso, houve mais de 600 comentários do CEN/TC10 sobre a EN ISO 8100-1/2 e o ISO TC 178, todos os quais precisaram ser verificados e respondidos detalhadamente.
O comitê ISO TC 178 conta com a participação de 31 países e outros 27 como observadores, incluindo Brasil (ABNT) e Argentina (IRAM). Após a publicação, haverá um período de consulta pública de doze semanas. A entrada em vigor da EN ISO 8100-1/2 é esperada para 2025, com um período de transição de três anos e revogação da anterior EN 81-20/50:2020 em 2028, quando será substituída pela EN ISO 8100-1/2:2025.
CARACTERÍSTICAS E PRINCIPAIS MUDANÇAS
A ISO 8100-1 aborda os requisitos de segurança para a construção e instalação de elevadores, especificando critérios essenciais para garantir a segurança de passageiros e equipe de manutenção. A ISO 8100-2 foca nos requisitos de inspeção e teste, avaliando se os elevadores atendem às normas de segurança após a instalação e durante seu uso.
Essas normas são complementares e essenciais para um ciclo completo de segurança no setor de elevadores, desde a fabricação até a operação contínua.
Entre as principais mudanças, estão:
Requisitos detalhados para segurança das portas.
Soluções para evitar o aprisionamento de dedos/mãos nas portas de pavimento e de cabine.
Elevadores com polia de tração com espaço ampliado no piso.
Novas suspensões alternativas e equipamentos de balanceamento com acessórios
Novos requisitos para freios de máquinas elétricas e abertura hidráulica do freio de acionamento
Acesso seguro ao poço do elevador usando uma escada (novos requisitos)
Plataformas de manutenção no poço do elevador
Circuitos de segurança avaliados SIL (safety integrity level) – substituição para PESSRAL (Programmable Electronic Systems in Safety Related Applications for Lifts)
Dispositivos de resgate automático em caso de falta de energia.
Um sistema de medição de carga mais preciso.
A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA E DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO
Na última reunião da WEEF em Xangai, apresentei a experiência brasileira na implementação da nova norma 16.858. Para ter sucesso na implementação de uma norma padrão mundial em diversos países com realidades sociais e econômicas distintas, é crucial considerar vários fatores.
Desafios na implementação incluem:
Incertezas de Interpretação: A norma pode conter requisitos técnicos complexos que geram dúvidas.
Falta de Organismos Certificadores: Em alguns países, não há organismos reconhecidos pelas autoridades nacionais.
Custos para Pequenas e Médias Empresas (PMEs): A implementação e certificação podem ser onerosas.
Desafios Específicos para PMEs:
Desvantagem Competitiva: PMEs enfrentam dificuldades adicionais em um mercado dominado por grandes fabricantes.
Custos de Certificação: A atualização de equipamentos e o cumprimento de normas podem ser um fardo significativo.
Acesso Limitado a Expertise Técnica: Muitas PMEs têm dificuldades em encontrar especialistas capacitados.
Fatores a considerar para alcançar um padrão mundial com sucesso
Adaptabilidade: A norma deve ser adaptável às diferentes infraestruturas e recursos disponíveis em vários países.
Escalabilidade: O padrão deve ser aplicável a organizações de diferentes tamanhos na indústria de elevadores.
Desenvolver um padrão global que considere as variações sociais, econômicas e técnicas é crucial para melhorar a segurança e a proteção, ao mesmo tempo em que aborda os desafios regionais. A colaboração entre autoridades, associações e empresas é essencial para oferecer orientação, estabelecer organismos de certificação e encontrar maneiras de reduzir os custos de certificação, especialmente para empresas de menor porte.
SOBRE O AUTOR
Fábio Aranha é Engenheiro pela Poli USP, Sócio fundador da Infolev, ex-presidente do SECIESP, atual Presidente da AEM- Associação de Elevadores do Mercosul (Membro da WEEF) e palestrante do Fórum Mundial de Elevadores na Interlift.