Empresas de excelência x empresas de aparência

Por Cláudio Henrique Guisoli

Desde o início do ano de 2020 estamos vivendo uma crise global inimaginável e incomparável, que abalou a economia do Brasil e, em escala alarmante, as condições básicas de sobrevivência e as emoções de grande parte da população Brasileira. Essa situação faz com que as pessoas se desesperem no hoje e desacreditem do amanhã. Na vida uma coisa é certa, a mudança. A crise é um momento de mudança, mas acima de tudo um momento de oportunidade.

Na carreira empresarial, as oportunidades surgem. Existe um ditado popular que diz que a oportunidade é um cavalo que passa uma única vez e devemos estar preparados para pular sobre ele quando passar. Não sei quantas vezes ou quantas oportunidades vão surgir no decorrer da sua carreira empresarial e, por que não, da sua carreira pessoal.

Entretanto, uma coisa posso afirmar com certeza, você tem de estar preparado quando a oportunidade passar. Carlos Domingos, autor do livro “Oportunidades Disfarçadas”, conta histórias reais de empresas que transformaram problemas em grandes oportunidades. Vale a pena ser lido.

Empresas que não têm uma cultura de mudança são fortemente abaladas em um momento de crise severa. O momento de crise é o momento de distinguir empresas de excelência de empresas de aparência. Qual a diferença entre esses dois tipos de empresas?

Empresas de Excelência:

  • Não limitam o seu potencial ao dos seus concorrentes;
  • Inventam, inovam e são copiadas por seus concorrentes;
  • Tem atitudes proativas, se preparam antecipadamente para mudanças;
  • Tem uma visão e propagam para os seus colaboradores, fornecedores e clientes;
  • Valorizam pessoas e investem nelas;
  • Encantam os seus clientes;
  • Não divulgam o que não fazem e não alardeiam o que fazem;
  • Escutam os clientes e procuram melhorar seus serviços e/ou produtos;
  • Investem parte do lucro no crescimento continuado do negócio;
  • Direcionam o negócio para cumprir a visão;
  • Fazem o presente acontecer e celebram o futuro;
  • Servem aos seus clientes.

Empresas de Aparência:

  • Nivelam o seu teto de progresso a um de seus concorrentes;
  • Copiam o que a concorrência faz e, na maioria das vezes, copiam mal;
  • Tem atitudes reativas, não se preparam para as mudanças;
  • Não tem visão;
  • Não valorizam pessoas e não investem nelas;
  • Decepcionam os seus clientes;
  • Divulgam o que não fazem e escondem o que fazem;
  • Não aceitam críticas e resmungam dos clientes;
  • Aplicam quase todo o lucro do negócio para satisfazer os desejos dos sócios;
  • Não enxergam para onde o negócio está caminhando e são levadas pela correnteza;
  • Reclamam do presente e desprezam o futuro;
  • Se servem dos seus clientes.

Infelizmente, já vivíamos uma guerra de preços sem precedentes que foi acirrada com o início da crise. Por exemplo, empresas multinacionais oferecendo vários meses de manutenção gratuita para reconquistar clientes da sua marca e, empresas independentes praticando preços irrisórios, em muitos casos, menores que preços de manutenção de portão eletrônico, interfone e bomba d’água, serviços que não requerem um nível de conhecimento técnico nem próximo ao necessário para a manutenção de elevadores, equipamentos que transportam vidas. Essa guerra de preço não beneficia ninguém e os maiores prejudicados são os clientes.

Como sobreviver em um mercado caótico?

Trabalhar sempre com o objetivo de atingir o patamar de empresa de excelência.

E se você descobriu que sua empresa tem características dos dois tipos de empresa, de excelência e de aparência, qual o tipo da sua empresa?

Acredito que a maioria dos leitores identificaram características nos dois perfis de empresa. Essa autoavaliação é importante, pois irá levá-lo a mudanças de rumo. A sua mudança, renovação de mentalidade, irá levá-lo progressivamente a deixar de ser uma empresa de aparência, nas áreas que você identificou, para caminhar continuamente na direção de se tornar uma empresa de excelência. Essa mudança de mentalidade lhe dará uma nova visão que garantirá a sobrevivência e a rentabilidade do negócio no longo prazo. 

Conclusão

Conta-se que um homem fez um feito inacreditável e até para muitos, impossível, e quando questionado como conseguiu fazer algo impossível, sua resposta foi simplesmente: ninguém me falou que isso era impossível de ser feito. Que você seja esse homem e que a sua empresa seja o instrumento para execução desse feito.

Se você quer fazer algo impossível e deixar um legado para a próxima geração, você não pode enxergar somente com os olhos naturais. Você deve ter uma visão bem definida em sua mente, ainda que pareça impossível a todos. Se prepare dia a dia para o cumprimento da sua visão. Deixe que a paixão seja o combustível que lhe conduza ao cumprimento da visão.

Você é como você se vê. Seja um visionário, mude de hábitos e tenha atitudes que leve sua empresa a buscar continuamente o patamar de excelência. O maior segredo é trabalhar para servir os seus clientes e criar experiências que encantem. Se sua empresa quer servir e está disposta a mudar de mentalidade para atingir o patamar de excelência, você está no caminho certo.

SOBRE O AUTOR

Cláudio Henrique Guisoli, engenheiro industrial mecânico graduado pelo CEFET-MG, diretor da empresa “Vertical Consultoria”, escritor, palestrante, instrutor em treinamentos gerenciais e técnicos, secretário do grupo de trabalho da ABNT em BH referente ao projeto da norma de inspeções e ensaios em elevadores elétricos de passageiros, com experiência de 35 anos no setor de transporte vertical de passageiros. Contatos: (31) 3337-9695 ou (31) 99795-3618 – E-mail: guisoli@uol.com.br

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