Polícia Federal conclui inquérito e indicia sete pessoas por queda de elevador na UFSM

Acidente, ocorrido em abril de 2024, deixou cinco feridos com lesões graves e teve ampla repercussão na época

Imagem: Paralelo 29

A Polícia Federal (PF) indiciou sete pessoas em razão do acidente com um elevador no prédio 40C do Campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ocorrido em 17 de abril de 2024. A conclusão do inquérito foi divulgada nesta sexta-feira (9) pela Delegacia da PF em Santa Maria.

O acidente deixou cinco feridos com lesões graves — uma professora e quatro estudantes que estavam no interior do elevador no momento da queda. O caso teve ampla repercussão na época e levou a administração da universidade a interditar o equipamento e a iniciar uma revisão em outros elevadores da instituição.

Durante a investigação, a PF realizou uma série de diligências, incluindo perícia de engenharia no local do acidente, análise técnica das peças do elevador e a extração e análise de dados de celulares apreendidos.

Também foram colhidos depoimentos de vítimas, testemunhas e investigados, além da análise de documentos e contratos referentes à instalação e manutenção do equipamento.

Rompimento de peça estrutural e ausência de manutenção

A apuração da PF identificou que o acidente foi provocado pela ruptura de uma peça estrutural fabricada com material de qualidade inferior ao exigido para sua função. Também foi constatada a ausência de dispositivos essenciais de segurança, como freio de emergência e para-choques.

Outro ponto grave revelado pela investigação foi que a instalação do elevador foi feita por pessoas sem a qualificação técnica necessária — situação que, segundo a PF, era de conhecimento da empresa contratada. Além disso, nenhuma manutenção preventiva foi realizada durante o período em que o equipamento esteve em operação.

Com o encerramento do inquérito, sete pessoas foram indiciadas por lesão corporal de natureza grave, com base na violação de normas técnicas relativas ao exercício de profissão, arte ou ofício. Os nomes não foram divulgados, mas entre os envolvidos estão proprietários da empresa, técnicos, engenheiros e o servidor responsável pela fiscalização do contrato na UFSM.

Com informações de Paralelo 29.

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