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Tendências em elevadores

Por Newton C. Braga

Um assunto que ocupa toda a mídia neste início de ano é a abordagem das tendências para 2021 e para o futuro. Os elevadores não escapam disso. Já fizemos em nossa publicação, artigo semelhante tratando das tendências para 2021 e para o futuro da tecnologia. É o momento de tratarmos de um assunto que interessa especificamente aos leitores desta revista. O que há de novo em perspectivas para os elevadores?

    Se existe algo que no aspecto geral pouco mudou desde sua invenção é o elevador. Pelo menos, como no caso do carro, em que temos um chassi sobre 4 rodas e um motor, o elevador segue a mesma lógica: uma caixa com um conjunto de cabos, movimentando-se na vertical através da força exercida por um motor.

   Mas, será que isso vai mudar? No carro, temos a tecnologia mudando, com a passagem do motor de combustão interna para o motor elétrico e a forma como a energia é fornecida. No caso dos elevadores, temos sim muitas mudanças de perspectivas. Além da tecnologia, que se torna cada vez mais inteligente, e com recursos que mal eram imaginados no caso, temos também a própria abordagem da mobilidade.

   Será que um elevador pode unicamente movimentar as pessoas para cima e para baixo com uma gaiola única? Esse conceito tem sido amplamente estudado pelas empresas que fabricam elevadores e algumas ideias interessantes têm sido apresentadas. Algumas, como conceitos, e outras até mesmo implementadas.

    Uma delas é dada por Mark Schroeder, da Thyssenkrupp, que consiste em se utilizar duas cabines em lugar de uma num único poço, com um controle inteligente do modo como eles se movimentam. Por exemplo, enquanto a cabine superior está movimentando alguém do sétimo para o vigésimo andar, a outra, ao mesmo tempo, está levando alguém do quinto para o térreo.

   Na figura 1 temos esse conceito de instalação.

Figura 1 – Dois em um. Duas cabines movimentando-se no mesmo poço.

 Veja que o uso de um único motor num sistema de compartilhamento de forças pode fazer com que energia seja economizada. A energia da descida de um é usada para movimentar o outro na subida.

   Mas, algo que realmente é inovador e que pode ser uma tendência do futuro, é o elevador múltiplo que também se movimenta na horizontal. Teremos algo como um conjunto de veículos que trafegam numa via única implantada num edifício com caminhos planejados, conforme mostra a figura 2, também da Thyssenkrupp.

Figura 2 – Projeto Multi da Thyssenkrupp

   Neste sistema, você não indica apenas o andar para o qual deseja ir, mas também em que porta de saída de determinado andar deseja acessar. O elevador sobe até o andar e depois desloca-se horizontalmente até a porta desejada, ou sobe num poço adicional para chegar no ar e saída desejados.

   O prédio se torna um conjunto de vias, onde o elevador não atende apenas determinados andares, mas endereços como, por exemplo, porta 3 do décimo quarto andar.  Vejam que em todas as tendências para o futuro, o uso inteligente da energia sempre é considerado. Segundo a Thyssenkrupp, esse sistema inteligente de acesso pode economizar até 25% de energia.

   Outro fator é a própria economia de espaço, já que num único sistema de poços podem trafegar de forma independente muitas cabines. Evidentemente um sistema de gerenciamento de tráfego será muito importante no projeto.

   E indo além, na figura dada como exemplo, o movimento ocorre apenas num plano. Nada impede que ele também tenha canais de deslocamento no sentido ortogonal a esse plano. Andares ou saída no fundo do prédio poderiam ser alcançados. E é claro, associadas a essas tendências também teremos a tecnologia que deve usar motores mais leves, inteligência artificial e conectividade muito mais que com o tempo estará chegando.

    Evidentemente, com todas essas perspectivas, os profissionais de manutenção e instalação de elevadores devem estar preparados para um desafio constante: acompanhar essas novas tecnologias.

  Estar sempre em dia com essas tecnologias, ter os recursos apropriados para trabalhar com os equipamentos e, evidentemente, conhecer os princípios de funcionamento de cada inovação serão fundamentais para se manter a competitividade num mundo de transformações que cada vez serão mais rápidas.

   Vimos apenas duas tendências no mundo dos elevadores, mas a cada dia surgem outras.

Sobre o autor

O autor mantém o site de tecnologia www.newtoncbraga.com.br, é autor de centenas de livros sobre tecnologia eletrônica publicados no Brasil e outros países.

Otis Brasil assina contrato de manutenção com o Grupo Gazit para 88 unidades em seis empreendimentos

  • O contrato adiciona 51 unidades ao portfólio de serviços da Otis e renova o contrato de mais 37 unidades, incluindo elevadores, escadas e esteiras rolantes, além de plataformas elevatórias.
  • Modernização de três elevadores no histórico Shopping Light, no centro de São Paulo.

A Otis Brasil fará a manutenção dos elevadores, escadas, esteiras rolantes e plataformas em seis empreendimentos do Grupo Gazit em São Paulo. O novo contrato dá continuidade à manutenção da Otis em dois empreendimentos existentes, incluindo o edifício histórico Shopping Light e adiciona unidades em quatro shopping centers. Otis (NYSE:OTIS) é a empresa líder mundial em fabricação, instalação e serviços de elevadores e escadas rolantes.

Elevador do Shopping Light com mais de 90 anos de história (Foto: Otis/Divulgação)

“O Shopping Light, um patrimônio histórico de São Paulo, foi um dos primeiros edifícios no Brasil com elevadores Otis, construído em 1929. Depois de mais de 90 anos cuidando dos seis elevadores e seus inúmeros passageiros, temos o orgulho de ter modernizado três deles no ano passado”, ressalta Fernando Peiter, Diretor de Marketing e Vendas da Otis para a América Latina. “O sucesso desse projeto e o nosso foco em tecnologia e segurança levaram a este acordo recente com o Grupo Gazit para renovar
seus contratos de serviços existentes com a Otis e adicionar mais de 50 unidades em outros empreendimentos da Gazit na região”.


Mia Stark, CEO da Gazit Brasil, celebra a parceria: “Recentemente, concluímos a revitalização dos elevadores históricos do Shopping Light com a Otis. Buscamos sempre os melhores fornecedores e serviços para oferecer aos clientes Shoppings com grande capacidade, segurança e infraestrutura. O
acordo com a Otis contempla esses objetivos por se tratar de uma das empresas mais respeitadas no mundo no segmento. Nossos visitantes podem usufruir de produtos de qualidade e confiança garantida enquanto fazem as compras ou realizam serviços. É uma parceria duradoura e de grande êxito há
muitos anos”, comenta Stark.


A Gazit Brasil é uma empresa subsidiária do Grupo Gazit-Globe, que opera, administra e desenvolve shopping centers ao redor do mundo. O grupo chegou ao Brasil em 2008 e está presente em São Paulo, Guarulhos e Campinas (SP), com um total de seis empreendimentos: Morumbi Town Shopping, Shopping Light, Internacional Shopping, Mais Shopping, Top Center Shopping e Prado Boulevard.

Sobre a Otis
A Otis dá às pessoas liberdade para se conectarem e prosperarem em um mundo mais alto, rápido e inteligente. Líder global na fabricação, instalação e manutenção de elevadores e escadas rolantes, movimenta 2 bilhões de pessoas por dia e mantem mais de 2 milhões de unidades de clientes em todo o mundo – o maior portfólio de serviços do setor. A Otis está presente nos empreendimentos mais icônicos do mundo, bem como em edifícios residenciais e comerciais, estações de transporte de passageiros e em todos os lugares onde as pessoas estão em movimento. Com sede em Connecticut, EUA, a Otis tem 69.000 funcionários, incluindo 40.000 profissionais de campo, todos comprometidos em atender às
diversas necessidades de nossos clientes e usuários em mais de 200 países e territórios.


Fonte: https://www.otis.com/pt/br

Atlas Schindler instala elevador mais rápido do Brasil em edifício residencial

Schindler 7000 atinge a velocidade de 6 metros por segundo

A Atlas Schindler, líder nacional em transporte vertical, concluiu a instalação do elevador mais rápido do país em edifícios residenciais, atingindo a velocidade de 6 metros por segundo. O equipamento da linha Schindler 7000 compõe o projeto do YACHTHOUSE by Pininfarina, prédio residencial mais alto da América Latina, que contará no total com 18 elevadores da marca. Além do Schindler 7000, o residencial também terá instalados modelos Schindler 3300 New Edition e Schindler 5500.


Com 281 metros de altura e 81 andares, os moradores e visitantes do edifício localizado em Balneário Camboriú percorrerão quase 300 metros de altura em menos de um minuto – serão aproximadamente 45 segundos do térreo ao último pavimento de apartamentos, graças ao sistema com cabos de tração com
alongamento reduzido e grande performance mecânica.


Os equipamentos se destacam pelo design e sofisticação das cabinas e pela tecnologia. Os elevadores do YACHTHOUSE by Pininfarina contam com o Schindler Ahead para conectividade e monitoramento remoto e são operados pelo sistema Schindler PORT, que permite a antecipação de chamadas e o controle total de acesso por meio de terminais com telas touch totalmente integrados ao conceito do
projeto.

Sobre a Atlas Schindler: 
A Elevadores Atlas Schindler Ltda, líder nacional em transporte vertical, está há 103 anos presente
no país. A companhia é integrante do Grupo suíço Schindler, uma empresa com 146 anos e atuação
em todos os continentes. No Brasil, além da fábrica em Londrina, possui uma planta em São Paulo
destinada à produção de peças e componentes. Com cerca de 5.500 funcionários e 150 postos de
atendimento em todo Brasil, a empresa oferece também serviços de manutenção em elevadores,
escadas e esteiras rolantes. Além disso, realiza a modernização de equipamentos para sua
atualização tecnológica e estética. 
  
Sobre a Pasqualotto&GT
A Pasqualotto&GT é a construtora de empreendimentos de luxo, como o YACHTHOUSE by
Pininfarina, o maior residencial da América Latina, com 81 andares e 281 metros de altura. Com
vocação para edifícios verticais acima de 50 andares, também possui outros empreendimentos em
parceria by Pininfarina, como o Vitra, reconhecido na América e Europa como ícone da arquitetura
internacional, e o futuro empreendimento La Città by Pininfarina.

Schmersal é a 3ª melhor média empresa para trabalhar no interior paulista

Schmersal conquistou o 3º lugar na categoria Médias Empresas – Interior Paulista, da segunda edição da pesquisa Melhores Empresas para Trabalhar – Estado de São Paulo, realizada pelo Great Place to Work®.

Essa categoria avalia as melhores empresas do Estado de São Paulo, que investem em ações para garantir um ambiente adequado aos colaboradores. Além desse ranking, a Schmersal está presente nas categorias Médio Porte da Melhores Empresas para Trabalhar – Indústria; e Multinacionais Médio Porte, da Melhores Empresas para Trabalhar Brasil.

Desde a primeira participação na pesquisa do GPtW, em 2011, o engajamento e o comprometimento dos colaboradores têm crescido, decorrentes das ações adotadas para aperfeiçoar o ambiente de trabalho, sempre baseadas na ética e no respeito. Todas as ações da Schmersal estão ligadas aos valores da empresa, compartilhados por seus colaboradores.

“Cada ranking que a Schmersal é indicada e reconhecida por suas ações é um motivo de orgulho, pois mostra que a empresa está no caminho certo. O que fazemos aqui para garantir um ambiente de trabalho saudável e harmonioso inspira também outras empresas a trabalharem com esse objetivo”, afirma Rogério Baldauf, diretor superintendente da Schmersal. 

A pesquisa do GPtW foi elaborada com base em depoimentos dos colaboradores sobre o índice de confiança e satisfação no ambiente de trabalho. A Schmersal conquista este espaço no importante ranking como resultado de anos de planejamento e ações realizadas em conjunto com seus colaboradores. 

Localizada na cidade de Boituva, a 133 km da capital paulista, a Schmersal desenvolve e fabrica soluções para elevadores, automação e segurança para máquinas industriais, além de ser especialista em produtos Ex e soluções para áreas classificadas.

Schmersal é a 3ª melhor média empresa no ranking GPtW Indústria

Empresa conquista prêmio inédito na categoria médias empresas

Schmersal conquistou a 3ª posição na categoria médias empresas da primeira edição do ranking Indústrias da pesquisa “Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil”, realizada pelo Great Place to Work®.

O GPTW criou este ranking para avaliar o ambiente de trabalho nas indústrias, destacando o que essas empresas têm feito para o público interno para promover um excelente lugar para trabalhar.

“Entrar logo na primeira edição do ranking de Indústria é resultado de todo o empenho da equipe. Muito mais que obter resultados, nosso foco é desenvolver valores pessoais, num ambiente saudável e acolhedor. A pesquisa é fundamental para nortear nossas ações, estimulando a busca pela excelência também nas relações interpessoais”, afirma Rogério Baldauf, diretor superintendente da Schmersal.

A pesquisa do GPtW foi elaborada com base em depoimentos dos colaboradores sobre o índice de confiança e satisfação no ambiente de trabalho. A metodologia inclui pesquisa de clima, comentários dos colaboradores e práticas culturais.

Localizada na cidade de Boituva, a 133 km da capital paulista, a Schmersal desenvolve e fabrica soluções para elevadores, automação e segurança para máquinas industriais, além de ser especialista em produtos Ex e soluções para áreas classificadas.

Daiken lança esterilizador de ar UVCare

UVCare é um esterilizador de ar que foi desenvolvido inicialmente para os elevadores da Daiken, em vista da necessidade recente de ações de combate à propagação do  Novo Coronavírus

Recentemente, a empresa Daiken lançou no mercado o UVCare Daiken, produto nacional que usa a tecnologia UVC para eliminar micro-organismos como vírus, fungos e bactérias do ar. O sistema é composto por um ventilador que realiza a captação do ar impuro pela parte inferior.

Ao passar pelo equipamento, o ar é exposto à radiação das lâmpadas UVC e é devolvido ao ambiente já esterilizado pela parte superior. Este processo ocorre continuamente no ambiente, de maneira que 99% dos micro-organismos presentes no ar sejam eliminados. ​Isto acontece porque a esterilização por UV tem um forte efeito bactericida. A irradiação é absorvida pelo DNA, destrói a estrutura e inativa as células vivas em segundos.

O novo produto da Daiken faz parte de uma linha de negócios separada dos elevadores e plataformas, mas que aplica toda tecnologia, qualidade e robustez já reconhecidos pelo mercado e que fazem parte da cultura da empresa. A solução do elevador foi tão bem recebida que fez com que os clientes solicitassem um produto também para suas lojas, escritórios e casas.

Assim, após vários estudos e pesquisas, surgiu o UVCare, um produto nacional que usa a tecnologia UVC para eliminar micro-organismos como vírus, fungos e bactérias do ar e pode ser instalado em qualquer ambiente fechado e na presença de pessoas: lojas, consultórios, escritórios, quartos de hospitais, salas de aulas, restaurantes e residências.

Fonte: http://www.daikenelevadores.com.br/conheca-o-uvcare-esterilizador-de-ar/

O trabalho invisível e perigoso dos técnicos de elevadores

Por Eng. Cláudio Henrique Guisoli

As atividades dos técnicos de elevadores, como instalação, manutenção, reparação e modernização implicam na exposição de riscos cotidianamente, sendo um fator de análise importante para as empresas. Isso porque, na eventualidade de acontecer algum acidente, os danos para as empresas podem ser diversos. Dentre eles, maculação de sua imagem no mercado, prejuízos com indenizações (sujeito até a falência dependendo do porte da empresa), efeitos psicológicos nos outros trabalhadores e, sobretudo, consideração do lado humano, pois o valor de uma vida não tem preço.

Em levantamento realizado na região metropolitana de Belo Horizonte, de outubro de 2007 até setembro de 2020, obteve-se os seguintes dados: ocorrem 42 acidentes com elevadores, sendo 39 vítimas. Dentre os acidentes, nove (21,42%) foram com técnicos. Portanto, acontece um acidente a cada 3,7 meses e uma morte a cada 11,2 meses. No período descrito, foram 14 mortes, entre usuários e técnicos de elevadores. É importante ressaltar que se trata apenas de uma amostragem, considerando artigos veiculados na mídia, denúncias ao CREA-MG e divulgações por técnicos de empresas mantenedoras, ou seja, provavelmente ocorreram mais acidentes no período que não foram computados nesse levantamento.

Os dados evidenciam que o trabalho invisível dos técnicos de elevadores é uma atividade que implica riscos, que podem provocar acidentes, na maioria dos casos fatais.

Os principais riscos inerentes das atividades diversas com elevadores são:

  • Preso entre objetos em movimento;
  • Contato com fonte de energia perigosa (figura 1);
  • Golpeado por objetos em movimento ou golpear um objeto (figura 2);
  • Escorregar/Cair/Tropeçar;
  • Esforço excessivo: distensão ao realizar uma tarefa;
  • Exposição a cantos vivos, substâncias ou condições perigosas.
Figura 1
Figura 2

Quanto às causas, os acidentes de trabalho são classificados como “ato inseguro” ou “condição insegura” de acordo com a norma ABNT NBR 14280:2001 – “Cadastro de acidente de trabalho – Procedimento e classificação”.

CONDIÇÃO INSEGURA: nos locais de serviço, são aquelas que compreendem a segurança do trabalhador. Falhas, defeitos, irregularidades técnicas e carência de dispositivos de segurança que colocam em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança das instalações e equipamentos.

Exemplos de condições inseguras:

  • Ausência de guarda-corpo no topo do carro;
  • Ausência de proteção dos equipamentos rotativos “polias”: de tração, de desvio, de suspensão, do limitador de velocidade, da polia tensora, entre outras;
  • Ausência de escada de acesso ao poço;
  • Desníveis na casa de máquinas sem sinalização e/ou sem escada;
  • Ausência de iluminação na caixa de corrida;
  • Iluminação insuficiente na casa de máquinas;

Condições inseguras devem ser eliminadas através da instalação de equipamentos previstos por normas da ABNT (associação brasileira de normas técnicas). Entretanto, enquanto as condições inseguras perdurarem devem ser tomadas medidas para minimizá-las, por exemplo, no caso do topo do carro sem guarda-corpo deve-se usar o cinto limitador de distância.

A norma ABNT NBR 15597:2010 “Elevadores – Requisitos de segurança para a construção e instalação de elevadores – Elevadores existentes – Requisitos para a melhoria da segurança dos elevadores elétricos de passageiros e elevadores elétricos de passageiros e cargas”, em sua Tabela 1 – Lista de perigos significativos –, indica medidas a serem tomadas para eliminar riscos, ou quando não for possível, reduzir riscos a níveis toleráveis.

ATO INSEGURO: é todo ato consciente ou não, capaz de provocar algum dano ao trabalhador, aos seus companheiros ou equipamentos, estando diretamente relacionados a “falha humana”.  É a maneira como as pessoas se expõem consciente ou inconscientemente a riscos de acidentes. São esses os atos responsáveis pela maioria dos acidentes de trabalho atualmente.

Exemplos de atos inseguros:

  • Trabalhos em altura sem utilizar cinto de segurança;
  • Brincadeiras, brigas ou correrias no local de trabalho;
  • Trabalhador com sono operando o elevador;
  • Trabalhador que se recusa a usar o EPI (equipamento de proteção individual);
  • Trabalhador operando o elevador com atenção dispersa por conversas;
  • Fazer uso de bebidas alcoólicas ou qualquer substância entorpecente no local do trabalho.

Observa-se que, nessa categoria de causa, sobressai o recurso humano envolvido no trabalho e alguns aspectos psicológicos. Como exemplo para discutir o manejo desses aspectos, pode-se citar a estatística obtida no setor de aviação. Isso porque, no setor de aviação existe a obrigatoriedade da investigação e da documentação dos resultados de todos os acidentes ocorridos com aeronaves no território nacional, de modo a obter-se dados para a redução da possibilidade de ocorrência de acidentes semelhantes no futuro. Para efeito de exemplo vide o gráfico a seguir.

Referência: Informativo de Segurança de Aviação. Ano 19, nº01/2012.
Deficiência Exemplos do que acontece no setor de elevadores
Pouca experiência Em virtude da escassez de mão de obra: pessoas são contratadas para a função de técnicos de elevadores, sem qualquer experiência, sendo em muitos casos enviadas ao campo sem o treinamento necessário.
Complacência Técnicos se sujeitam a trabalhar em condições adversas sem EPIs (equipamentos de proteção individual) e sem terem recebido a instrução mínima para as atividades que realiza.
Treinamento A ausência de treinamentos ou escopos de treinamentos incompletos ou inadequados é uma realidade. A ausência de certificação dos técnicos em segurança, além de incorrer em risco de acidentes, pode produzir fatos para demandas judiciais futuras.
Falta de percepção A percepção para julgar uma condição insegura de trabalho, além de ser proporcionada pelos treinamentos de segurança, também é inerente ao perfil psicológico de cada técnico. Um técnico que tenha raciocínio lento diante de uma situação de risco iminente tende a retardar sua ação o que pode ocasionar um acidente.
Exceção de confiança O excesso de confiança na realização de uma tarefa, muitas vezes burlando procedimentos de segurança, ocorre no dia a dia da manutenção. Geralmente técnicos mais experientes são vítimas fatais em caso de acidentes, por considerarem que já fizeram um determinado procedimento inseguro por inúmeras vezes e nunca ter ocorrido um acidente.
Descaso com normas e procedimentos Desconhecimento de normas técnicas e ausência de POP (procedimentos de operação padrão) para a execução de tarefas.
Cultura do grupo de trabalho Técnico(s) de um grupo de trabalho induzindo colegas a fazerem atividades sem ATP “análise de perigo de tarefa” e/ou sem seguir o POP (procedimentos de operação padrão). 
Desatenção Utilização de smartfones no decorrer da realização de tarefas de manutenção, infelizmente se tornou condição corriqueira no dia a dia da manutenção: risco alto de acidente.

Conclusão

Conclui-se, então, que apesar dos acidentes com técnicos de elevadores serem recorrentes, podem ser evitados através de ações proativas das empresas de elevadores.

Quanto às Condições Inseguras, tem-se que eliminar ou ao menos minimizar os riscos de acidentes de trabalho a níveis toleráveis, cuja obrigação é das empresas de elevadores, através da certificação da sua mão de obra com treinamentos técnicos e de segurança, assim como com o fornecimento de EPIs (equipamentos de proteção individual) e a conscientização dos clientes de sua carteira para adquirir EPCs (equipamentos de proteção coletiva), por exemplo, guarda-corpo para o topo do carro.

No que se refere aos Atos Inseguros, é interessante ressaltar, apesar de não haver uma sistematização de dados na área de elevadores diretamente quanto a isso, que existem uma série de fatores humanos que precisam ser levados em consideração no cuidado com os riscos. Dessa forma, podemos supor que o perfil psicológico de cada funcionário influencia diretamente em suas reações a situações de risco, o que pode evitar ou mesmo ocasionar um acidente.

Na próxima edição da Revista Elevador Brasil, daremos continuidade a esse artigo falando sobre os perfis psicológicos dos trabalhadores e a influência do estresse no trabalho dos técnicos de elevadores.

SOBRE O AUTOR

Cláudio Henrique Guisoli, engenheiro industrial mecânico graduado pelo CEFET-MG, diretor da empresa Vertical Consultoria, escritor, palestrante, instrutor em treinamentos gerenciais e técnicos, secretário do grupo de trabalho da ABNT em BH referente ao projeto da norma de inspeções e ensaios em elevadores elétricos de passageiros, com experiência de 35 anos no setor de transporte vertical de passageiros.

Contatos: (31) 3337-9695 ou (31) 99795-3618 – E-mail: [email protected]

Caso de Sucesso: Xpert Elevadores se destaca em Belém pelo comprometimento com a segurança e agilidade nos atendimentos

Fundada em 2017, por Ivan Santana (ex-funcionário da Atlas Schindler), a Xpert presta os serviços de manutenção preventiva e corretiva de elevadores, além de modernização e revenda de equipamentos. Localizada no bairro Marco, em Belém, a Xpert surgiu a partir da verificação da necessidade de uma empresa que prestasse serviços com o comprometimento de segurança das multinacionais, bem como agilidade e proximidade das nacionais.

“Identificamos nosso nicho de mercado e clientes que estivessem dispostos a pagar o justo por serviços de excelente qualidade técnica e peças originais. Prezamos pela segurança dos técnicos e usuários e rapidez nas respostas”, conta Ivan.

A empresa tem como missão transportar vidas com 100% de segurança e seus valores são ética, transparência, segurança e feedbacks constantes. “Buscamos levar ao nosso cliente a velocidade de resposta de uma empresa de pequeno porte, mas com procedimentos de segurança de empresa multinacional suíça”, diz.

Ivan Santana, fundador da Xpert Elevadores

Para Ivan, sucesso significa “clientes satisfeitos, que vendem os serviços da empresa para outros clientes sem pedir nada em troca”. Ivan ainda comenta sobre os planos futuros da empresa. “Tornar-se, dentro de três anos, a maior empresa de manutenção de elevadores dentro do estado do Pará, mantendo a qualidade e procedimentos de segurança para obtermos um crescimento estruturado”, finaliza.

“Na Xpert trabalhamos com os melhores: melhores clientes e melhores colaboradores. Práticas de segurança em primeiro lugar, honestidade e habilidade para entregarmos sempre mais do que o cliente espera.”
(Ivan Santana, diretor da Xpert Elevadores)

Como viabilizar projetos para Indústria 4.0?

Por Engº Paulo Roberto dos Santos

Que a implementação dos conceitos preconizados para Indústria 4.0 trazem muitos benefícios para qualquer empresa, é um fato. Porém, constantemente encontro executivos e empresários desapontados, por não encontrarem viabilidade em suas iniciativas de projetos para Indústria 4.0. Eu realmente não me surpreendo com isso, pois estou bastante familiarizado com a forma com que são analisados os projetos no Brasil.

O que geralmente observamos é uma análise superficial, e em alguns casos, uma análise de ROI – Retorno sobre investimento, que não expressam a dimensão real de custos e benefícios, fazendo com que seja muito mais difícil encontrar justificativas para investimentos em certas tecnologias da Indústria 4.0.

Fui buscar um artigo, elaborado por duas pesquisadores da Universidade de Zilina, na Slovakia, (Barbusova, Miroslava & Medvecká, Iveta & Gašo, Martin. (2019). Use of TCO Analysis in Industry 4.0. 10.24132/PI.2019.08948.010-017), que traz uma boa explicação sobre o tema.

Vamos primeiramente compreender o conceito de TCO – Total Cost of Ownership, ou em português Custo Total de Propriedade, é uma métrica de análise que tem como objetivo calcular os custos de vida e de aquisição de um produto, ativo ou sistema.

O TCO é uma ferramenta importante para apoiar a gestão estratégica de custos. É uma abordagem complexa que requer que a empresa compradora determine quais custos considera mais relevantes ou significativos na aquisição, posse, uso e posterior destinação de um bem ou serviço. Além do preço pago pelo item, o TCO pode incluir os custos incorridos com a colocação do pedido, pesquisa e qualificação de fornecedores, transporte, recebimento, inspeção, rejeição, armazenamento e descarte.

Um uso da análise de TCO é apoiar a seleção de fornecedores e a decisão de avaliação. As abordagens tradicionais incluem a seleção e retenção de um fornecedor com base apenas no preço, ou principalmente com base no preço, ou avaliação qualitativa do desempenho do fornecedor usando abordagens categóricas ou de matriz ponderada. O TCO é aplicável a praticamente todo tipo de compra e inclui os custos de compra associados a um fornecedor específico.

Ao decidir como automatizar, a decisão final de investimento geralmente é determinada pelo preço de compra ou pelo cálculo do retorno do investimento. No entanto, decisões baseadas exclusivamente nos custos de aquisição podem se mostrar financeiramente fracas para a empresa. Especialmente ao trabalhar com dispositivos eletrônicos ou mecânicos avançados, é mais importante comparar os custos do ciclo de vida de diferentes alternativas. Muitos custos, como operação, software, manutenção, custos de treinamento, geralmente se acumulam enquanto o dispositivo está funcionando.

O princípio do TCO é encontrar todos os custos ocultos de compra de um produto, o preço do produto é de apenas 25,0% do custo total de uso do produto (Figura 1, extraída do artigo). Para cada produto, os custos ocultos são muito individuais e, portanto, o uso da análise de TCO é muito exigente. Ao contrário das técnicas tradicionais de redução de custos e redução de custos que se concentram em todas as áreas, a análise de TCO oferece suporte ao gerenciamento estratégico de custos, o que significa que todas as análises de TCO levam em consideração o impacto das decisões de compra nos custos da organização.

Figura 1

Usando TCO para selecionar equipamentos para a Indústria 4.0

Ao comprar um novo equipamento industrial, o preço reflete uma pequena parte de um grande todo. Algumas fontes dizem que o valor na etiqueta de preço representa menos de 10,0% do custo total gasto em um equipamento durante sua vida útil. Na verdade, prevê-se que os custos de energia, manutenção e taxas de reparo tenham pelo menos cinco vezes mais relevância do que o custo inicial. Mas poucos consideram esses fatores como parte do preço durante o processo de seleção.

O TCO deve ser usado para avaliação completa, que é uma estimativa de todas as despesas coletivas associadas à compra e operação de uma peça do equipamento. Na Figura 2 é vista a fórmula do custo total de propriedade, onde:

I – Initial Cost ou, custo inicial – é o número que aparece na etiqueta de preço. Conforme afirmado anteriormente, isso é menos de 10% do TCO.

O – Operation ou, operação – é o custo para instalar o equipamento, testar o equipamento, treinar funcionários para operar o equipamento e o custo da energia para operar o equipamento. Se o equipamento for complicado de usar, o custo do treinamento aumentará.

M – Maintenance ou, manutenção – inclui o custo de reparos regulares, como limpeza, inspeção, lubrificação e ajuste do equipamento para garantir que esteja em perfeitas condições. Isso também inclui a manutenção reativa quando o equipamento quebra inesperadamente.

D – Downtime ou, tempo de inatividade – envolve os custos de mão de obra de funcionários cujo trabalho está atrasado, custos de mão de obra indireta de supervisores que tratam do problema, perda de produção e perda de clientes por incapacidade de atender às expectativas de tempo. Embora você possa incluir o tempo de inatividade junto com o custo de manutenção, geralmente é tão grande que justifica sua própria categoria.

P – Production ou, produção – dois equipamentos diferentes provavelmente terão níveis diferentes de saída, produzirão qualidades diferentes e terão implicações ambientais diferentes.

R – Remaining Value ou, valor remanescente – tem a ver com a longevidade do equipamento.


Figura 2 – Fórmula de propriedade do custo total [7]

Conclusão

Se a análise dos custos totais envolvidos na aquisição, uso, manutenção e descarte de um equipamento, forem realizados apropriadamente, será mais fácil a justificativa do investimento em tecnologias da Indústria 4.0.

Indústria 4.0 trata de um novo paradigma industrial, para o qual necessitamos ajustar nossa forma de pensar, e treinar nossas equipes para que tenham uma visão mais ampla das implicações de cada decisão.

SOBRE O AUTOR

Paulo Roberto dos Santos

Sócio Diretor da Zorfatec, consultoria em Inovação Tecnológica, Engenheiro Industrial Mecânico, MBA em Gestão e Engenharia do Produto pela Escola Politécnica da USP, Especialista em Industria 4.0. Durante mais de 25 anos atuou na Festo Brasil, sendo responsável por P&D e pela Estratégia de Produtos na Região Américas. Tem Especialização em Administração de Empresas, Gerenciamento do Desenvolvimento de Produtos, e Dinâmica Organizacional e Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas. Especialista em Gestão da Inovação, posicionamento estratégico da empresa para novas tendências como Industrial IoT e Indústria 4.0 (Manufatura Avançada). Com mais de 25 anos de experiência na Gestão de Projetos de Inovação, Engenharia e Automação. Mentor dos principais projetos de demonstradores de Indústria 4.0 apresentados na FEIMEC 2016, Expomafe 2017 e FISPAL 2017. Um dos pioneiros na introdução do tema Industria 4.0 no Brasil. Palestrante sobre temas de Inovação, Automação Industrial, Internet das Coisas (IoT) e Indústria 4.0. Apresentando os temas em congressos, seminários e eventos especializados no Brasil e América do Sul.

Caso de Sucesso: MGU Elevadores se destaca no Acre com plantão 24h e agilidade nos atendimentos de chamados

A MGU Elevadores, empresa especializada nos serviços de vendas, instalação, modernização e manutenção preventiva e corretiva de elevadores, plataformas e escadas rolantes, foi fundada em abril de 2015, em Rio Branco, no Acre. A MGU nasceu devido à necessidade do mercado por uma empresa de prestação de serviços de manutenção preventiva de elevadores no estado.

Os fundadores da empresa, Geovani Alves Maia, Manoel Peres Damasceno e Uilis Silva Severo uniram seus conhecimentos técnicos e comerciais e concretizaram a ideia de fundar a empresa. “Dessa forma, realizamos o nosso sonho de empreender e consequentemente conseguimos oferecer uma solução aos clientes usuários de elevadores”, explica o diretor administrativo da empresa, Geovani Maia. A missão da empresa é incorporar o elevador no dia a dia das pessoas, garantindo qualidade, segurança e o menor custo possível.

Fachada da empresa

A MGU se destaca no mercado devido a sua rapidez nos atendimentos de chamados e plantão 24h. A empresa também oferece aos seus clientes uma flexibilidade no que se refere à compra de peças e opções de melhorias dos equipamentos, garantindo sempre a melhor opção, seja em relação a prazos ou custos. “Para nós, sucesso significa alcançar a confiança dos nossos clientes e parceiros, saber que nossos serviços ora oferecidos a um cliente estão indicados para outros simplesmente pela razão de termos feito um bom serviço”, diz Geovani.

Atualmente, se encontram na administração da empresa o diretor administrativo, Geovani Maia, o diretor técnico, Uilis Severo e o diretor de compras, Manoel Damasceno. A MGU conta com uma equipe altamente qualificada, formada por engenheiros mecânicos, projetistas e técnicos habilitados para executar os melhores serviços.
Geovani comenta os planos futuros da empresa. “Nos preparar para expandir, levando nossos serviços aos estados vizinhos de nossa região e quem sabe iniciar um projeto de fabricação de elevadores no Acre”, finaliza.

“Aproveitamos este espaço para deixar registrado a nossa gratidão a todos aqueles que depositaram sua confiança em nossos serviços. Quando tudo começou éramos só Manoel, Uilis e eu (Geovani). Graças a vocês conseguimos concretizar nosso sonho e provar que podiam confiar em nossos serviços. Agradeço também a todos os nossos colaboradores, sem eles não estaríamos onde estamos hoje, cada um deles tem sua parcela de importância nesse projeto. Graças a dedicação deles conseguimos alcançar nossas vitórias diárias.”
(Geovani Maia, diretor administrativo da MGU Elevadores)