Por Edilberto Almeida
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projeta o crescimento de 13,5% para o setor da construção civil ainda este ano, estimativa maior que a do Produto Interno Bruto (PIB) e que a soma das riquezas produzidas pelo país.
A explicação para o otimismo é que os negócios firmados há dois anos começaram a sair do papel. Neste cenário, está a retomada de grandes empreendimentos, obras e reformas particulares. Além disso, existe o impulsionamento causado pelo Casa Verde e Amarela, atual programa habitacional do governo federal para financiamento de casas populares.
Os índices positivos também partem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A construção civil cresce há sete trimestres consecutivos. O resultado é inédito desde 1996. Os analistas do setor acreditam que os resultados fazem parte do ciclo positivo de negócios em andamento, que foi iniciado no 3º trimestre de 2020.
Conforme a Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor, com a contribuição de todos os seus segmentos (construção de edifícios, serviços especializados para construção e obras de infraestrutura), encerrou o primeiro semestre de 2022 com o maior patamar de atividades desde outubro de 2021.
No primeiro semestre, com a Selic em alta, custos da construção subindo e problemas enfrentados pelo programa Casa Verde Amarela (CVA), o setor de construção via um cenário nebuloso pela frente. Entre os meses de abril e junho, os lançamentos de casas e apartamentos no país chegaram a cair de 15,4%, para 63.878 unidades, enquanto as vendas recuaram 5,5%, indo a 72.861 unidades.
O clima neste segundo semestre, no entanto, mudou totalmente. A Câmara Brasileira da Indústria dA Construção (CBIC), por exemplo, agora prevê que os lançamentos e as vendas de imóveis residenciais este ano devem ficar próximos dos registrados em 2021, quando o setor teve um recorde de negócios.