A multinacional TK Elevator (TKE), que tem sede em Guaíba (RS), está estruturando a sua universidade corporativa. Para isso, conta com a parceria da Universidade Feevale, que vem, desde abril, trabalhando na viabilização desse projeto. O objetivo é potencializar talentos, sejam funcionários, clientes ou fornecedores, por meio da aplicação da educação técnica, em um processo de aprendizagem ativo e contínuo, com visão de médio e longo prazo. Com isso, busca contribuir para a qualificação individual e, por consequência, do crescimento do negócio.
A idealização do projeto avançou, em novembro, para a sua segunda fase. Um workshop na sede da TKE, com a presença de diretores da multinacional, representantes da Diretoria de Inovação da Feevale e da equipe de trabalho do projeto definiram o propósito, a visão e os valores da universidade corporativa. Também foram abordados temas relacionados ao conhecimento técnico das formações existentes e de gestão de pessoas, além do fluxo de informação, metodologia, cultura organizacional e indicadores de eficiência e eficácia para avaliação do novo setor da empresa.
Para chegar até esse estágio, a equipe de trabalho, que conta com a coordenação de Guilherme Schneider e Marta Bez, professores da Feevale, se debruçou durante sete meses na fase de diagnóstico. Essa etapa contou com visitas às filiais da multinacional no Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal e Goiás, com entrevistas a colaboradores e chefes de setores. Também foram aplicados questionários, a fim de entender as percepções quanto às formações e clima organizacional.
Conforme Schneider, com as informações coletadas até o momento, o projeto passará para a terceira fase. Esta consiste na elaboração dos planos político-pedagógicos e de desenvolvimento institucional da universidade corporativa da TKE, assim como da trilha de aprendizagem para uma das 150 formações ofertadas, atualmente, pela empresa.
“Fizemos as validações com todos os níveis de público da empresa e isso faz com que tenhamos uma construção muito sólida. Estamos muito surpresos com o resultado que estamos obtendo até aqui para a consolidação deste projeto”, afirma o professor.
A docente Marta Bez destaca a valorização da TKE na formação e educação de seus empreendedores. Segundo ela, a constituição de uma universidade coorporativa não é a realidade da maior parte das empresas.
“O investimento na qualificação profissional do colaborador impacta na melhoria de todos os processos da organização a longo prazo. Muda a sua cultura e faz da educação premissa básica para que ela possa funcionar, transformando-a em uma empresa com resultados mais expressivos”, explica. “Além disso, faz com que a empresa sofra menos com crises e variações econômicas ao fazer seu colaborador ser mais crítico e autônomo para atuar em benefício da organização”, complementa.