O setor de elevadores na Espanha encerrou 2024 com um crescimento de 3,99%, mantendo a tendência de estabilidade ascendente observada nos últimos anos. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento nas obras novas, que cresceram 12,87% em relação ao ano anterior, marcando uma mudança de cenário após períodos de desaceleração. Embora o número de unidades vendidas (elevadores e escadas rolantes) tenha crescido apenas 2%, o aumento do preço médio de venda, sobretudo nos projetos de reabilitação — cada vez mais complexos e caros —, contribuiu significativamente para o crescimento do faturamento.
No total, foram vendidos 17.128 elevadores em 2024, com destaque para os instalados em edifícios existentes, que já representam mais de 14% do total, refletindo a importância crescente desse nicho. O setor imobiliário também teve um papel relevante, com mais de 107 mil novas habitações iniciadas até outubro (16,5% a mais que em 2023) e aumento de 8,7% na área destinada à reabilitação residencial.
O segmento de pós-venda, embora com um crescimento mais modesto de 3,11%, continua sendo o principal sustentador do setor em termos absolutos. Esse avanço foi estimulado pela entrada em vigor da nova regulamentação (RD 355/205 e a ITC), que aumentou a demanda por manutenção e modernização, especialmente na segunda metade do ano. No entanto, o aumento dos custos e a escassez de profissionais técnicos ainda limitam um crescimento mais robusto.
No cenário internacional, as exportações aumentaram 1,5%, evidenciando a capacidade competitiva das empresas espanholas no mercado global. Já em termos de emprego, o setor ampliou suas equipes em 4,02%, com foco na área técnica, resultado de campanhas setoriais e programas de formação. Ainda assim, a falta de mão de obra qualificada permanece como um dos principais desafios.
O parque de elevadores e escadas rolantes em funcionamento também cresceu: o número total de elevadores ativos aumentou 1,52%, enquanto o de escadas e passarelas rolantes subiu 4,80%. Apesar disso, houve uma queda de 4,3% na instalação de novas escadas e passarelas em 2024, possivelmente devido a atrasos em obras, ajustes orçamentários ou maior foco em projetos residenciais.
