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A importância do acompanhamento de obra para as empresas e clientes

Imagem meramente ilustrativa (Créditos: Freepik)

Este artigo tem o objetivo de apresentar e esclarecer a importância do acompanhamento de obra, ou seja, das vistorias durante o processo de instalação do equipamento de transporte vertical.

Compatibilização dos Projetos

Antes de iniciarmos o tema de obra/vistoria, é importante citarmos a importância da compatibilização dos projetos do cliente e do fabricante do equipamento. Para elaborarmos o projeto de instalação, coletamos informações do local se já executado ou do projeto do local. Mas se o local já está construído e existe o projeto do local, qual devo escolher?

É sempre importante considerar primeiro o que está construído. Isso, porque nem sempre o que foi construído, é exatamente o que está no projeto. Então, sempre questione o cliente se o local já está pronto ou se já foi iniciado – mesmo que tenha um projeto e o local esteja iniciado, é importante prever uma vistoria inicial coletando informações básicas para iniciar o projeto de instalação.

É importante citar que nesse primeiro momento, não levamos o projeto de instalação, pois o mesmo ainda não foi elaborado. Assim, podemos considerar que seja uma visita técnica e não uma vistoria.

 O que é uma vistoria?

Vistoria é uma visita ao local onde o equipamento será instalado. Nessa visita são checados, através de um formulário, todos os itens necessários para a instalação. Esses itens são indicados no projeto de instalação, sendo imprescindíveis para que a instalação do equipamento seja possível.

Cada empresa pode elaborar seu formulário de vistoria conforme suas necessidades e particularidades de cada equipamento. O projeto de instalação é um excelente guia para iniciar a elaboração do formulário, pois nele constam todos os itens que o cliente deve deixar preparado para que o local fique apto a receber o equipamento.

Quando e quantas vistorias devem ser executadas?

É comum possuir três vistorias, uma inicial, uma no meio da obra e a última quando a obra estiver praticamente pronta – nessa, é onde é feita a liberação de instalação do equipamento.

Esse é um padrão, porém cada empresa deve analisar e verificar quantas vistorias são suficientes. É importante observar características do equipamento, prazo de entrega ou até vistorias adicionais por motivos diversos, como atrasos de obra – nesse caso, é importante que conste no contrato possíveis cobranças adicionais ao cliente devido a essas vistorias.

Quem pode executar a vistoria?

É muito importante que o responsável pela execução da vistoria seja alguém técnico que conheça o equipamento que será instalado e o projeto de instalação do mesmo. Há situações em que o vendedor, não sendo técnico, faz a vistoria e acaba passando informações incorretas ao cliente, que executa o local conforme essas orientações, surgindo erros e retrabalhos no futuro.

Outro ponto importante é que sempre seja o mesmo técnico a fazer todas as vistorias de um determinado cliente, pois é ele que sabe as informações que passou e os itens pendentes na última vistoria. Se realmente não for possível a ida do mesmo técnico, todas as informações da última vistoria devem ser passadas ao técnico atual. E lembre-se: o responsável pela execução da obra deve sempre acompanhar o vistoriador e sempre no final da vistoria, assinar e ficar com uma cópia do formulário.

Quais são as informações que devem ser verificadas na vistoria?

Em todas as vistorias é importante que o técnico leve um formulário de vistoria novo para a vistoria atual, as vistorias anteriores para referência e, imprescindivelmente, o projeto de instalação, pois nele constam as especificações e itens necessários.

O formulário de vistoria deve conter desde informações básicas até especificas de cada equipamento para que seja verificado, como por exemplo: Dimensões de caixa de corrida estão de acordo com o projeto de instalação? Vigas para fixação das portas estão de acordo com o projeto de instalação? Local do quadro de força e sobra de fiação estão de acordo com o projeto de instalação? Estando de acordo, entende-se que o item esteja aceito; se não estiver, o cliente deve ser informado e orientado a executar.

Figura 1 – Exemplo de itens a serem verificados na vistoria

Quais os problemas que inviabilizam a instalação do equipamento que podem ser identificados nas vistorias?

Além dos problemas básicos que podem ser encontrados nas vistorias, como alturas menores ou maiores, falta de vigas, dimensões insuficientes, etc, vou citar três que são comuns de serem identificados. São eles: caixa fora de prumo, elementos estruturais no fundo do poço ou na caixa e espalhetas executadas.

Caixa fora de prumo: Imagine uma caixa de corrida que tenha em seu projeto de instalação dimensões de 2000x2000mm. No momento da vistoria, as dimensões em cada pavimento são exatamente 2000x2000mm, porém, no momento da instalação, o equipamento não entra, o que aconteceu? Uma grande possibilidade é que a caixa esteja fora do prumo, mas o que é uma caixa fora de prumo?

Você possui duas caixas com a mesma dimensão, porém, quando sobrepostas elas estão deslocadas – assim, as dimensões úteis mínimas da caixa ficam menores ou maiores. Normalmente, não conseguimos ver essa diferença de prumo ou achamos que é pouco, porém, juntando todos os desvios, a dimensão final fica grande. Na figura abaixo, exemplifico essa situação.

Figura 2 – Exemplo de caixa de corrida fora de prumo

No exemplo, ambas as caixas dos pavimentos “0” e “1” estão com 2000x2000mm, porém, ao sobrepor essas dimensões, identifica-se que as caixas estão deslocadas, ou seja, mais para o lado e mais para a frente.

Nesse caso, a caixa fica com dimensões mínimas de 1800x1800mm, ou seja, o equipamento deve ser fabricado considerando essas dimensões, mas o desvio de 200mm não irá afetar a instalação? Vai sim. Nesse caso, onde há os desvios, suportes especiais com dimensões diferentes devem ser fabricados e os pavimentos com os desvios devem ser informados aos projetistas para que os suportes sejam fabricados e haja a indicação dos pavimentos no projeto de instalação.

É importante também que exista um formulário de prumada, que deve ser entregue ao responsável por executar o local. Há situações em que o responsável consegue preencher as dimensões no formulário de prumada, em outras, o vistoriador deve auxiliá-lo.

Devemos ter sempre atenção nas prumadas das caixas, pois é um problema relativamente novo, não somente para as empresas fabricantes, como para os clientes. Isso é, porque nos últimos anos, a construção de grandes edifícios aumentou consideravelmente e assim, onde se instalava equipamentos para cinco, seis paradas, estão sendo instalados para 15, 20 paradas.

O exemplo acima é um tanto quanto exagerado, porém, em grandes edifícios com grande número de pavimentos, não é incomum esse tipo de desvio acontecer. No exemplo da figura abaixo, indico uma sugestão de informações que devem ser colocadas no formulário de prumada.

O construtor coloca uma linha de prumo no centro da caixa do teto até o fundo do poço, assim, em cada pavimento são coletadas as dimensões “A”, “B”, “C” e “D”. Com essas dimensões, além de ser possível fazer a sobreposição para ter as dimensões mínimas e máximas, é possível ver a variação que cada suporte deverá atender. Há situações um pouco mais complexas em que se utilizam quatro linhas de prumo.

Figura 3 – Exemplo planilha de prumada

Elementos estruturais no fundo do poço ou na caixa: Encontrar sapatas ou outros elementos estruturais no fundo do poço ou na extensão da caixa não é algo tão incomum. Isso acontece muitas vezes porque não houve a devida compatibilização entre os projetos do elevador e do local, trazendo assim, alguns problemas ou até a inviabilidade de instalação do equipamento.

Tendo em vista que em muitas situações o construtor se nega a retirar o avanço de dentro do poço por não haver folga no cálculo estrutural, é necessário coletar todas as dimensões e entregá-las á engenharia do fabricante, para que analise não só as interferências com os elementos do equipamento, como também se afeta algum item normativo, como espaço de refúgio.

Figura 4 – Planta baixa e corte de um elevador, indicação os avanços estruturais.

Espalhetas executadas: As espalhetas, ou como também são conhecidas, “bonecas” são os fechamentos que são executados nas laterais das portas. Na maioria das empresas, é solicitado que esses fechamentos sejam feitos após a instalação do elevador, isso para que itens do elevador como piso, teto, entre outros, possam entrar com facilidade dentro da caixa e também que alinhamentos entre as portas dos pavimentos sejam feitos.

O problema é que em algumas situações, os fechamentos são executados sem que a instalação tenha sido iniciada – o que pode gerar necessidade de quebra por conta do cliente, gerando atrasos na instalação.

Outra situação é não só ter executado o fechamento, mas esse fechamento ser um pilar estrutural do prédio. Assim, a situação complica, pois é necessário coletar as informações e passar para a engenharia do fabricante – pois itens como espaço mínimo para a porta e tipo de instalação da porta como total ou parcial sobre o pavimento – em alguns casos, quando o espaço ou vão não é suficiente, é necessário alterar o modelo de porta ou até mesmo o vão livre de entrada.

Figura 5 – Planta baixa de um elevador indicando as espalhetas

Essas três situações devem ser criticamente analisadas e orientadas ao cliente, a fim de evitar retrabalhos, custos e atrasos tanto para a empresa, quanto para o cliente. É importante que os formulários de vistoria sejam constantemente revisados e os vistoriados treinados, para que as informações sejam corretamente passadas aos clientes.

SOBRE O AUTOR

Júlio César Santos é Tecnólogo em Gestão da Produção Industrial, Pós-graduado em Engenharia de Produção, Engenharia Civil com Ênfase em Sistemas Construtivos, Engenharia Elétrica com Ênfase em Instalações Industriais e possui MBA Em Gestão de Projetos. Possui 17 anos de experiência no ramo de transporte vertical, tendo experiência em vistorias técnicas, treinamentos técnicos a gerentes de unidades e instaladores, e elaboração de projetos. Atualmente, trabalha com projetos de instalação e fabricação para diversas empresas no Brasil, levando conhecimento e auxiliando as empresas a fornecerem projetos e equipamentos dentro dos requisitos normativos.

Instagram: @juliocesar_projetista.

Conheça a Lei que mudou o uso dos elevadores da capital paulista

Créditos: Freepik

Na década de 90, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um Projeto de Lei contra o preconceito, que proibia a distinção em elevadores de todos os edifícios públicos municipais ou particulares da capital paulista.

Lei nº 11.995/1996 mudou a forma de uso dos elevadores e impediu qualquer forma de discriminação em virtude de raça, sexo, cor, idade, origem e condição social.

Veja mais, no vídeo a seguir, com o repórter Murilo Rincon, da Rede Câmara SP:

Reprodução/Créditos: Redação | Câmera Municipal de São Paulo

 

Pelo 3º ano consecutivo, Forbes inclui a Otis em sua lista de ‘Melhores Empregadores’

Imagem: Divulgação/OTIS

A Otis se esforça para ser um empregador de classe mundial, onde os colegas trabalham juntos para criar novas ideias e oportunidades para melhor atender aos clientes e passageiros. Em sua pesquisa anual com trabalhadores de todos os setores e em todo o mundo, a Revista Forbes classificou novamente a Otis Worldwide Corporation (NYSE: OTIS) como um dos Melhores Empregadores do Mundo.

A prestigiada lista é baseada nas opiniões de colegas de todo o mundo que forneceram feedback. As empresas nomeadas para a lista são aquelas que os entrevistados disseram priorizar o bem-estar, promover a inclusão, oferecer oportunidades de crescimento e garantir um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.

Na Otis, temos muito orgulho em apoiar nossos colegas a construir o que está por vir – em suas carreiras e em nosso setor. É uma honra ser reconhecido pela Forbes, e a colocação nesta lista por anos consecutivos valida nossa estratégia e apoio aos nossos 71.000 colegas em todo o mundo, disse Abbe Luersman, Chief People Officer da Otis.

Mais de 300 mil profissionais de 50 países e territórios que trabalham para empresas multinacionais foram convidados a avaliar sua disposição de recomendar seus empregadores a amigos e familiares. Também lhes foi pedido que pensassem em outros empregadores de seus setores que se destacam por algo positivo ou negativo. Cada pesquisa foi anônima.

A Otis é uma das 850 empresas que obtiveram as melhores pontuações na pesquisa e estão presentes na lista mundial deste ano.

Revista Elevador Brasil – Edição 184

Lift Road Show Brasília anuncia debate sobre acidentes com elevadores no Brasil

Especialistas discutirão medidas de segurança e prevenção em um setor que impacta milhares de vidas diariamente

Imagem meramente ilustrativa (Créditos: Freepik)

Com a crescente atenção voltada para a segurança nos elevadores, após diversos acidentes no país este ano, a Lift Road Show Brasília anuncia a realização de um debate sobre o tema durante o evento. O painel “Acidentes com elevadores no Brasil: lição, prevenção e responsabilidade” acontecerá no dia 27 de novembro, das 15h30 às 17h00, no espaço Minas Hall, reunindo especialistas do setor.

A discussão será conduzida pelos engenheiros Edson Parmejano, Carlos Eduardo e Ederson Silva, focando em medidas preventivas e as responsabilidades das partes envolvidas no uso e manutenção de elevadores.

Tema tem sido pauta frequente

O tema vem sendo amplamente discutido em 2024, em função de uma série de acidentes que resultaram em vítimas fatais e feridos em diversas regiões do Brasil. Entre os casos mais recentes, destaca-se a tragédia em Imbituba, onde um elevador de obra despencou, resultando na morte de três trabalhadores. Outro caso que chocou o país foi a morte de duas irmãs idosas, em agosto, após caírem no fosso de um elevador doméstico e serem esmagadas pelo equipamento. Esses eventos, somados a outros, ressaltam a urgência de abordar a segurança e a prevenção de acidentes em elevadores no país.

Debate reforça a cultura de prevenção

Durante o debate, os especialistas discutirão as principais lições extraídas desses acidentes e a importância de medidas rigorosas de fiscalização, manutenção e treinamento de profissionais. Além disso, será abordada a responsabilidade compartilhada entre empresas de manutenção, síndicos e usuários, reforçando a necessidade de uma cultura de prevenção. O debate se destaca como uma oportunidade essencial para elevar o nível de conscientização sobre as boas práticas no setor de elevadores, que impacta diretamente a vida de milhares de brasileiros que utilizam esses equipamentos diariamente.

Sobre o evento

A Lift Road Show, que chega pela primeira vez à Brasília, é um dos principais eventos do setor de elevadores e escadas rolantes no Brasil. Além dos debates e palestras com especialistas, o evento apresentará soluções inovadoras e tecnologias de ponta, com foco em segurança e Inteligência Artificial.

Inscrições

Para participar do debate, é necessário estar inscrito no evento. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site liftroadshow.com.

Prestador de serviço morre ao cair no fosso de elevador em obra em São Bernardo do Campo

Créditos da foto: ABCD Jornal

Na última quarta-feira (16), um trágico acidente resultou na morte de um prestador de serviço durante a construção de um elevador na Escola Estadual Reverendo Omar Daibert, localizada no bairro dos Casa, em São Bernardo do Campo. O trabalhador sofreu uma queda fatal no fosso do elevador, que estava em construção.

Após o incidente, a gestão escolar agiu rapidamente, acionando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que chegou ao local, mas constatou que o trabalhador já estava sem vida. No momento do acidente, não havia alunos ou outros servidores próximos à área da obra.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo manifestou pesar pela perda do trabalhador, que prestava serviços para uma empresa terceirizada responsável pela obra. Em nota, a Secretaria afirmou que a equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva) foi acionada para prestar apoio à comunidade escolar, além de suporte à família da vítima.

As autoridades já iniciaram uma investigação para apurar as circunstâncias do acidente. O caso foi registrado no 3º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, que está trabalhando para esclarecer os detalhes e garantir que medidas sejam tomadas para evitar futuras tragédias dessa natureza.

Com informações de ABCD Jornal e TV São Bernardo.

Lubrificação de cabos de aço: Por que, com que frequência e quanto?

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A Prysmian Draka EHC recebe muitas perguntas sobre a lubrificação de cabos de aço: Com que frequência? Quanto? Qual método? Os cabos de aço devem ser lubrificados mesmo? Um programa regular de lubrificação de cabos de aço é essencial para a vida e saúde da sua instalação. Esta dica técnica aborda muitas das perguntas mais frequentes sobre cabo e lubrificação.

SE OS CABOS DE AÇO SÃO FABRICADOS COM LUBRIFICAÇÃO, POR QUE A LUBRIFICAÇÃO EM CAMPO É NECESSÁRIA?

Os cabos operam sobre roldanas para criar tração; não há tração se não houver atrito entre os cabos e a roldana – muito atrito e você não consegue quebrar a tração, muito pouco e você tem deslizamento. De muitas maneiras, o cabo de aço é uma máquina como um motor de automóvel, com dezenas de partes que requerem lubrificação para continuar funcionando corretamente.

Um cabo de guincho padrão, como um 8×19 Seale, consiste em 8 cordões com 19 fios em cada cordão. Isso totaliza 152 partes móveis dentro do cabo de aço. Todas essas partes se movem quando o cabo passa sobre a roldana. Cabos novos contêm o lubrificante necessário para permitir que essas 152 partes operem suavemente.

No entanto, o movimento constante e a compressão causada pela tração transferirão um filme de lubrificante para a superfície da roldana. Sem lubrificação em campo, o cabo envelhecerá rapidamente e terá que ser substituído bem antes de sua vida útil normal.

 O QUE ACONTECE SE OS CABOS NÃO FOREM LUBRIFICADOS EM CAMPO?

Os cabos estão sob pressão constante enquanto estão sendo espremidos pelo sulco da roldana. Este atrito faz com que o lubrificante oxide e perca sua viscosidade. O atrito entre os fios e cordões do cabo causa entalhes internos, enquanto a falta de lubrificação nos fios externos aumenta o desgaste da coroa. Os danos causados por este atrito podem custar a um cabo 20 a 30% de sua vida útil prevista.

Existem outros fatores a serem considerados. A maioria das cidades experimenta algum nível de clima quente e úmido; a falta de lubrificação protetora em campo fará com que o cabo seque e permita a entrada de umidade prejudicial. Esta umidade fará com que o núcleo se degrade, o que resultará em rouge e encurtará ainda mais a vida útil do cabo além do atrito mencionado acima.

Mas os danos não terminam com o cabo. Assim como os pistões e rolamentos em um motor de carro, precisa haver um amortecedor de lubrificação entre os cabos e a roldana. Se não houver, os cabos perderão diâmetro devido a entalhes internos de um núcleo seco e abrasão externa excessiva nos fios da coroa. Lembre-se de que os cabos são mais duros do que as roldanas.

À medida que o diâmetro do cabo diminui, ele cria atrito excessivo que amplificará o desgaste do sulco. A roldana também pode exigir o regroovamento ou a substituição. Este reparo pode custar dezenas de milhares de dólares. O pior é que poderia ter sido facilmente evitado pelo uso de alguns dólares em lubrificante.

 A LUBRIFICAÇÃO EM CAMPO É MAIS IMPORTANTE HOJE DO QUE HÁ ANOS?

Definitivamente. Há uma grande diferença entre um sistema de elevador moderno e um de 50 anos atrás. Os sistemas mais antigos usavam roldanas de grande diâmetro com sulcos em forma de U. Os sistemas de hoje usam roldanas de diâmetro menor com sulcos undercut para aumentar a tração (o que resulta em um raio de curvatura mais agudo e pressão de sulco aumentada). Esses fatores se combinam para criar maior estresse no cabo e na roldana, acelerando a perda de lubrificação.

A operação moderna também aumenta o estresse do cabo. Se o Empire State Building fosse construído hoje, ele teria menos carros que circulariam com mais frequência devido à análise de tráfego combinada com o controle do elevador por computador. Além disso, ciclos de cargas menores são causados por questões de local de trabalho, como horários flexíveis e leis anti-tabagismo que fazem com que ondas de pessoas corram para o lobby para pegar seus cigarros.

Novas condições ambientais também afetam a vida útil do cabo e as políticas de lubrificação. Ironicamente, hoje, os cabos estão expostos a mais umidade do que no passado porque as salas de controle agora têm ar-condicionado (controladores de elevador de computador exigem ar-condicionado). Os cabos passam de uma sala de controle fresca e seca para um poço de elevador quente e úmido. Isso faz com que a condensação se forme nos cabos e crie um ponto de entrada potencial para a umidade chegar ao núcleo, especialmente quando o movimento de ar no poço tende a secar os cabos.

Boas políticas de lubrificação em campo combaterão esses fatores e prolongarão significativamente a vida útil do seu cabo e da sua roldana.

QUAIS SÃO OS SINAIS DE QUE UM CABO PRECISA DE LUBRIFICAÇÃO?

Se não houver uma política de lubrificação estabelecida, a maneira mais fácil de verificar os cabos é parar o elevador e passar levemente um dedo nos cabos. Este teste do dedo deve mostrar um filme visível e escorregadio de óleo. Se não houver filme, os cabos estão desesperadamente precisando de lubrificação. Se o filme for visível mas não parecer oleoso, então os cabos precisam de uma pequena quantidade de lubrificante.

No passado, os mecânicos eram ensinados a colocar o dedo no sulco da roldana para verificar o filme escorregadio. Este método não é mais aceitável porque, conforme os cabos secam, a lubrificação será depositada no undercut (onde o cabo não tem contato). O teste do dedo mostrará uma mancha preta pegajosa, mas os cabos ainda podem estar completamente secos.

QUE TIPO DE LUBRIFICANTE DEVE SER USADO?

Use apenas lubrificante que tenha sido especificamente projetado para cabos de aço de elevador. Lubrificantes genéricos para ‘lubrificação de cabo de aço’, como os usados para cabo de aço de guindaste, não são adequados para uso em elevadores; podem causar deslizamento e outros problemas.

Sempre houve a necessidade de uma lubrificação em campo que lidasse com as tensões de flexão, altas pressões de sulco e umidade que atacam os cabos de elevador. Essa necessidade foi recentemente atendida com uma nova geração de lubrificante com aditivos que combatem corrosão, desgaste e, mais importante, podem realmente deslocar água no núcleo dos cabos (lubrificante perdido normalmente é substituído por umidade, o que pode levar à formação de rouge).

Este lubrificante, agora disponível na Draka EHC sob o nome de DrakaLube™, foi testado em um elevador que operava dentro de uma represa na área de Rochester, no norte do estado de Nova York. Antes do uso do DrakaLube, os cabos não tratados duravam no máximo dois anos e eram condenados devido à corrosão, rouge e quebras de fios. Novos cabos foram instalados e tratados com DrakaLube em uma programação regular. Os cabos ainda não mostram sinais de corrosão ou rouge e agora estão em seu terceiro ano de operação.

(Nota: nenhum lubrificante pode deslocar água em cabos que foram encharcados ou mergulhados nele – consulte a Dica Técnica #5).

 QUAL É A MELHOR MANEIRA DE APLICAR A LUBRIFICAÇÃO?

Lubrificadores automáticos são a maneira mais eficiente de lubrificar os cabos. O Acculube® da Draka EHC é um excelente dispositivo para fornecer quantidades precisas de lubrificante ao longo de um período de tempo específico. As escovas usadas nos sistemas Acculube também servem para limpar os cabos durante a operação, impedindo o acúmulo de poeira e detritos e prolongando a vida útil dos cabos.

A Draka recomenda o uso de lubrificadores automáticos em todas as instalações com cabos de núcleo misto (SRFC) ou de núcleo de aço completo (IWRC). Ligue para a Draka EHC para obter detalhes. Métodos manuais, como o uso de pincéis ou rolos, ainda são aceitáveis. Se você estiver lubrificando os cabos manualmente, certifique-se de lubrificar os cabos que estão sobre a roldana quando o elevador estiver em seu ponto mais baixo de parada.

QUAL É A MELHOR POLÍTICA DE MANUTENÇÃO EM CAMPO?

A Draka EHC recomenda fortemente uma aplicação de lubrificação anual a cada primavera (nota: cabos de governador NUNCA devem ser lubrificados em campo). Os cabos devem ser lubrificados em campo antes do verão e do aumento de temperatura e umidade que ele traz.

O verão é quando os condicionadores de ar nas salas de máquinas e escritórios estão operando. A condensação causada pela combinação de uma sala de máquinas com ar condicionado e um poço de elevador úmido deve ser impedida de entrar no núcleo do cabo. A quantidade de lubrificante a ser aplicada é uma questão crítica.

O cabo precisa ter lubrificante suficiente para eliminar o atrito nos fios e cordões, mas não o suficiente para causar deslizamento nas roldanas. As quantidades recomendadas são muito conservadoras para não causar superlubrificação. Comece com as pequenas quantidades conforme mostrado na Tabela 1. Faça os cabos funcionarem por 30 dias e, se estiverem secos, adicione lubrificante adicional, conforme mostrado na Tabela 2.

Em ambas as tabelas, a quantidade de lubrificação é baseada em 1000 pés de cabo. Por exemplo, se houver seis cabos de 1/2 polegada em um conjunto e eles tiverem 500 pés de comprimento, são 6 x 500 ou 3.000 pés de cabo, então 3/4 de quarto x 3 equivale a 2 1/4 quarts de lubrificação – um pouco mais de meio galão.

A Tabela 1 aborda os cabos que nunca foram lubrificados em campo:

Tabela 1

A Tabela 2 aborda os cabos que estão secos ao toque, mas ainda há algum filme visível em um dedo; ou se você estiver realizando a lubrificação anual de primavera; ou se você tiver usado as quantidades na Tabela 1 e os cabos ainda estiverem secos:

Tabela 2

Antes da lubrificação, limpe toda a acumulação de lubrificante e sujeira dos cabos usando um limpador automático de escova de metal ou uma escova de arame. NÃO use solventes para limpar cabos; os solventes irão degradar todo o lubrificante do cabo e o cabo se deteriorará.

Juntamente com a lubrificação em campo, a tensão é a coisa mais importante que pode ser feita para o cabo de aço para reduzir a manutenção e os custos gerais. Um cabo bem lubrificado com má tensão ainda encurtará a vida útil do cabo e da roldana; pode apenas levar mais tempo para o problema surgir.

(Consulte a Dica Técnica #10 da Draka EHC para obter mais informações sobre tensão do cabo).

UMA NOTA FINAL IMPORTANTE:

Esta dica técnica aborda regras gerais de lubrificação em campo. Cada elevador é diferente em número de ciclos, tamanho da roldana, perfil do sulco, pressão do sulco e condições ambientais. Se os cabos ainda produzirem um bom filme oleoso no teste do dedo durante a verificação de primavera, você pode querer aumentar o tempo de manutenção para um ano e meio ou dois anos.

Embora os testes e o julgamento sejam importantes, não adie totalmente a manutenção. Um programa regular de lubrificação em campo ajudará a manter cabos e roldanas em bom estado de funcionamento e aumentará suas vidas úteis. Lembre-se, alguns reais por ano de lubrificante podem economizar milhares de reais em custos de reparo e substituição.

Texto:
Prysmian Draka

Hidracomp apresenta minicentrais hidráulicas da Dexco Hydraulics

A Hidracomp, reconhecida como uma das pioneiras nacionais no mercado de automação hidráulica, apresenta ao mercado as minicentrais com partida e parada suave da Dexco Hydraulics. A empresa atua como distribuidora das marcas globais Dexco Hydraulics, Hawe e Yuken, e se posiciona como referência em soluções inteligentes em automação hidráulica.

As Minicentrais Hidráulicas da marca Dexco Hydraulics oferecem uma combinação única de conforto, eficiência energética e sustentabilidade, proporcionando uma experiência de uso mais suave e estável. São projetadas para transformar a experiência do usuário, garantindo um deslocamento suave na partida e na chegada ao fim do curso, característica que confere conforto e estabilidade ao movimento, tornando-as ideais para aplicações que exigem precisão e segurança.

DIFERENCIAIS – As Minicentrais contam com design moderno e funcional. Foram desenvolvidas com foco na facilidade de modificação, manutenção e instalação, o que resulta na experiência prática e eficiente para os operadores e técnicos responsáveis pela manutenção. A Dexco Hydraulics projetou suas Minicentrais para serem de fácil montagem, o que permite alterações rápidas e simples no projeto. Isso é particularmente vantajoso em cenários onde a agilidade é essencial, como em linhas de produção ou instalações industriais.

Equipadas com motores de até 5HP, em corrente alternada ou corrente contínua (12V e 24V), as Minicentrais Dexco Hydraulics garantem um desempenho robusto, com vazão de até 17 litros por minuto e pressão de até 250 bar. Isso permite que as unidades atendam às demandas mais exigentes de diversos setores industriais. Cada unidade é submetida à testes 100% rigorosos em condições elétricas e hidráulicas, garantindo a confiabilidade e a segurança operacional das Minicentrais.

Além de sua eficiência operacional, as Minicentrais Hidráulicas da Dexco Hydraulics são projetadas com um forte compromisso com a sustentabilidade. A eficiência energética dessas unidades compactas reduz significativamente o consumo de energia em comparação com sistemas hidráulicos convencionais, resultando em uma redução do impacto ambiental e maior economia operacional.

SOBRE A HIDRACOMP

Além de fornecer equipamentos avançados, a Hidracomp é reconhecida por sua excelência em Service for Hydraulics (consertos hidráulicos), com experiência em fabricação e reposição de peças para equipamentos hidráulicos das marcas mais importantes do mercado. A empresa conta com uma estrutura completa e equipada com bancadas de testes hidráulicos e eletrônicos, garantindo a qualidade e segurança dos reparos.

A Hidracomp atua com Soluções Inteligentes em Automação Hidráulica para o mercado industrial e móbil, que demandam alta precisão e confiabilidade. Entre os principais segmentos atendidos estão elevadores, incluindo passageiros e acessibilidade, movimentação de carga, indústria plástica, siderurgia e metalurgia, papel e celulose, automotiva e de petróleo e gás.

Ao distribuir marcas globais de renome e investir constantemente na melhoria de seus serviços, a Hidracomp desempenha um papel fundamental na evolução do setor de automação hidráulica no Brasil. Seu compromisso com a qualidade e inovação é evidente tanto nos produtos que oferece, quanto no suporte técnico especializado que disponibiliza para seus clientes.

 

Trabalhador morre após queda de elevador em Porto Alegre

Vítima, que trabalhava para uma empresa de manutenção de elevadores, morreu enquanto realizava a instalação do equipamento

Foto: Renan Mattos / Agencia RBS

Um funcionário morreu na tarde desta quarta-feira (16), após a queda de um elevador em uma unidade das lojas Torra, localizada no Centro Histórico de Porto Alegre. A vítima trabalhava para uma empresa de manutenção de elevadores e o acidente ocorreu no momento em que realizava a instalação do equipamento. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil foram acionados imediatamente, por volta das 14h, mas o homem já havia morrido quando os socorristas chegaram ao local.

Causa do acidente

Informações divulgadas pela Perícia Criminal apontam que um dos cabos de aço que sustentavam o elevador se rompeu, fazendo com que a estrutura caísse do quarto andar até o térreo, no fosso. A vítima, cuja identidade ainda não foi divulgada, estava presa ao equipamento no momento da queda.

Um segundo funcionário, que também participava da instalação do elevador, conseguiu se segurar em uma estrutura fixa e não sofreu ferimentos. A Polícia Civil está investigando as circunstâncias para determinar as responsabilidades. A empresa responsável pela instalação do elevador ainda não se pronunciou.

Lojas Torra divulga nota sobre o acidente

Foto: Felipe Backes / Agência RBS

Em nota, a companhia lamentou o ocorrido. Leia na íntegra:

“Manifestamos nosso profundo pesar pela fatalidade ocorrida na data de hoje, envolvendo um funcionário da empresa especializada Escal Escadas Rolantes e Elevadores Ltda, contratada para a instalação de novos elevadores no nosso estabelecimento comercial, localizado em Porto Alegre/RS. Permanecemos à disposição das autoridades competentes para colaborar com a apuração dos fatos. Lamentamos profundamente o ocorrido e nos solidarizamos com os familiares e colegas do funcionário.”

Informações: Terra | Zero Hora

 

Falha em elevador de mina nos EUA deixa um morto e 12 pessoas presas por horas

Causas do acidente na Mina Mollie Kathleen, importante atração turística no Colorado, estão sendo investigadas

Imagem: Divulgação

Uma pessoa morreu e outras 12 ficaram presas a 300 metros de profundidade na última quinta-feira (10), após uma falha não especificada no elevador de uma antiga mina de ouro do Colorado, nos Estados Unidos. A Mina Mollie Kathleen foi aberta em 1890 e desativada em 1960 e, hoje, é uma atração turística na região.

O que aconteceu

O acidente ocorreu quando o elevador, que estava descendo aproximadamente 150 metros na mina perto de Cripple Creek, sofreu um problema mecânico. O xerife do condado de Teller, Jason Mikesell, informou que o operador notou algo estranho durante a descida e parou o elevador, mas o dano já havia ocorrido.

O guia turístico, Patrick Weier, de 46 anos, de Victor, Colorado, faleceu em consequência da falha do equipamento. Outras quatro pessoas sofreram ferimentos leves, como dores nas costas, pescoço e braços, mas foram resgatadas em segurança após cerca de 20 minutos. Os detalhes exatos do defeito ainda são desconhecidos, mas uma porta do elevador estava quebrada quando ele foi levantado.

12 pessoas ficaram presas por horas

Um segundo grupo de 12 pessoas, que estava em uma visita separada a 300 metros de profundidade, permaneceu preso por quase seis horas enquanto engenheiros avaliavam a segurança do elevador. O grupo manteve contato com as autoridades por meio de rádios e tinha acesso à água. Eventualmente, eles foram içados em pequenos grupos, embora os oficiais estivessem preparados para usar cordas, se necessário.

Acidentes com elevadores em minas são raros, segundo Steven Schafrik, especialista em engenharia de minas. Esses elevadores são equipados com dispositivos de segurança para evitar quedas em caso de mau funcionamento. No entanto, a causa exata deste incidente ainda está sob investigação por autoridades locais e federais.

A Mina Mollie Kathleen permanecerá fechada até novo aviso.

Com informações de UOL, CNN Brasil e FOX29.