Cerca de 20 profissionais das áreas de engenharia e arquitetura estão envolvidos na iniciativa, que busca construir um elevador panorâmico com capacidade para até 10 pessoas

Um grupo de voluntários deu o primeiro passo para um projeto que pode transformar a experiência de milhares de fiéis e visitantes da gruta de Nossa Senhora de Lourdes da Terceira Légua, no interior de Caxias do Sul. Os voluntários iniciaram estudos técnicos para viabilizar a instalação de um elevador panorâmico no local com o objetivo de garantir acessibilidade à pessoas idosas ou com mobilidade reduzida.
A gruta, de propriedade da Mitra Diocesana de Caxias do Sul, fica em meio à natureza no Travessão Santa Rita. Atualmente, para chegar até ela, o visitante precisa descer (e posteriormente subir) uma escadaria com 150 degraus (cada um deles representa uma oração do rosário).
“O elevador panorâmico é algo necessário pois as pessoas idosas ou com restrição em função da saúde não conseguem acessar a gruta devido aos degraus. É um sonho somado à necessidade daquele espaço que sempre foi muito visitado por pessoas que buscam o milagre da saúde, já que Nossa Senhora de Lourdes é a padroeira dos enfermos. Além disso, o espaço se tornará muito atrativo também, sendo convidativo para as pessoas incrementarem seus roteiros turísticos”, explica Bettega.
Viabilidade e preservação
Conforme o frade capuchinho, o primeiro passo foi chamar profissionais que se dispusessem a ajudar. Na última semana, uma reunião foi realizada na própria gruta com os voluntários e técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas).
Imagens aéreas realizadas por drone ajudaram na definição do local de onde o elevador deve ser instalado. A partir daí, o grupo já começou os primeiros estudos, que envolvem o levantamento topográfico, o impacto ambiental — levando-se em conta a preservação do solo e do meio ambiente — além da definição do tipo de material que deverá ser usado na estrutura (ferro, aço, etc). A proposta é que o elevador panorâmico tenha capacidade para até 10 pessoas.
A obra deverá ser realizada com recursos privados, por meio de doações da comunidade, segundo o frei. Alguns eventos já estão marcados para ocorrerem no salão da gruta com o objetivo de arrecadar o valor necessário — que ainda não foi estimado. Além disso, também devem ser realizadas campanhas entre os devotos.
“É só o comecinho, mas nós estamos sentindo uma motivação enorme, dos voluntários e da própria comunidade, que está empolgada. Pela motivação que nós temos da equipe, assim que o projeto for autorizado pelo meio ambiente e estiver validado por todos os profissionais, vamos iniciar a obra“, conclui o frei.