ABEEL sugere a modernização dos equipamentos para a economia nos condomínios e lança guia com orientações
Considerada uma das principais responsáveis pela alta da inflação em 2021, com um aumento de cerca de 25%, a tarifa de energia não deverá dar trégua aos brasileiros em 2022. A própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê o reajuste de cerca de 21% nas contas de luz durante o ano. Documento elaborado por técnicos da Aneel, com estimativas preliminares, indicam que haverá aumento. Segundo eles, ao ser “avaliado todo o universo de custos das distribuidoras e incluídos esses impactos das medidas para enfrentamento da crise hídrica”, conforme destacaram em documento preparado para a diretoria do órgão regulador.
Custo vai subir – Para chegar a esse cenário a Aneel considerou o conjunto de medidas emergenciais adotadas em 2021 para livrar o país do risco de submeter o país a novo racionamento de energia e apagões (blecautes) devido à drástica queda do nível dos reservatórios das grandes hidrelétricas. O setor elétrico brasileiro enfrentou a pior estiagem dos últimos 91 anos, que atingiu o centro-sul do país.
Os técnicos da Aneel preveem que os “custos excepcionais de geração”, que surgiram na crise de escassez hídrica, “apontam para um déficit de custo acumulado até abril de 2022, da ordem de RS 13 bilhões”. Este “déficit”, indicado no documento, “já descontada a previsão de arrecadação da receita da bandeira tarifária patamar escassez hídrica no período, relatou o jornal Valor Econômico.
Guia orienta sobre elevadores – O cenário de aumento de preços de energia impacta diretamente o custo das empresas de elevadores, sejam as que produzem novos equipamentos, as que oferecem serviços de manutenção e conservação ou dos segmentos que fornecem peças e componentes. A alta nos também influencia diretamente nos preços para as construtoras. Para o consumidor final, o aumento nos preços de energia eleva os custos dos condomínios.
Para orientar os condomínios e empresas em geral, a Associação Brasileira das Empresas de Elevadores (ABEEL) acaba de lançar o guia de utilidade pública “Crise Energética X Elevadores”. O guia traz informações sobre a crise energética brasileira, os riscos de apagão e divulga esclarecimentos a respeito do consumo de energia dos elevadores. O objetivo é desfazer mitos e crenças sobre esses equipamentos.
Uma dessas crenças é a de desligar os elevadores para economizar energia. “É um grande erro”, alerta Marcelo Braga, presidente da ABEEL. A maioria dos edifícios é projetada através de cálculo de tráfego para atender a demanda de passageiros, informa a entidade. Deixar um dos elevadores inativo pode provocar efeito inverso ao desejado, esclarece Braga.
Desligar elevador é um erro – “Há o risco de gerar sobrecarga de um dos sistemas, o desgaste prematuro das partes mecânicas, além de ineficiência na distribuição de chamados. O consumo de energia não será aliviado”, afirma Braga. Ele informa que o mercado nacional oferece soluções tecnológicas para todos os modelos de elevadores, dos mais simples aos mais complexos, que possibilitam a redução de 30% a 70% no consumo de energia elétrica.
A ABEEL ressalta que os maiores vilões para o aumento de custos nos condomínios são os elevadores antigos, que exigem atenção em manutenção e modernização, muitas vezes instalados nas regiões dos centros urbanos das grandes cidades. São os campões do consumo de energia. Esses equipamentos consomem 40% a mais do que os elevadores mais novos e modernos. Estima-se que numa cidade como São Paulo, que possui mais de 80 mil elevadores instalados, cerca de 40%, tenham mais de 20 anos de uso, e podem ser considerados carentes de revitalização.
Elevador antigo consome mais – “A modernização de elevadores pode reduzir drasticamente o consumo dos elevadores no prédio. Essa economia se torna essencial nesse momento de crise energética enfrentada pelo país”, afirma Braga. O consumo médio de um elevador corresponde de 15% do custo total de um condomínio. É o segundo maior componente de gastos com energia elétrica do condomínio residencial, só perdendo para a bomba d’água, líder em consumo de energia elétrica dos prédios
A vida útil de um equipamento central, dispositivo responsável pelo funcionamento do elevador, dura em torno de 20 anos. Após isso, o equipamento pode passar a apresentar mais defeitos ou desgastes, resultando em alto consumo de energia, paradas bruscas, desnivelamento da cabina com o piso do andar e altos gastos com manutenção devido a peças de reposição fora de linha.
Algumas medidas simples podem gerar menor consumo nos elevadores. A sugestão é modernizar o “cérebro” do elevador, com um quadro de comando microprocessado com inversor de frequência: esse recurso reduz o consumo em 40%, além de melhorar o desempenho do equipamento e o conforto dos passageiros. Lâmpadas de LED na cabine também diminuem o consumo em até 75%.
Soluções – O Comando microprocessado, além da economia e conforto do inversor de frequência (inverter), pode operar o sistema de chamadas inteligente (apenas o carro mais favorável atende ao chamado), de sistema regenerativo de energia; modo stand-by (desliga vários dispositivos quando elevador está parado), e outras funções.
No mercado nacional é possível encontrar recursos de resgate automático, através de baterias, para ninguém ficar preso nas cabines, se houver apagões.
Link da cartilha: https://online.fliphtml5.com/ishle/fouj/#p=2
Criada em 2019, a Associação Brasileira das Empresas de Elevadores é a maior e mais representativa do segmento de elevadores do país. Conta com mais de 120 associados das mais diversas regiões brasileiras. Conta com empresas de elevadores e escadas rolantes, além de peças e componentes, empresas de manutenção, modernização e dos mais diferentes serviços para elevadores. A entidade atua em parceria com o Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo – Seciesp.