Uma recuperação prevista para a economia chinesa significa que a fabricante suíça de elevadores Schindler está cautelosamente otimista sobre suas perspectivas de negócios para 2023, disse o chefe da empresa à Xinhua em uma entrevista recentemente. “Tenho certeza de que a economia chinesa vai se recuperar”, disse Silvio Napoli, CEO da Schindler, na sede da empresa em Ebikon, na Suíça.
Referindo-se à meta do produto interno bruto da China de cerca de 5 por cento para 2023, Napoli disse: “Eu vivi na China tempo suficiente para saber que a economia chinesa sempre surpreenderá a todos”. “Os pedidos levam de 12 a 18 meses para irem ao canteiros de obras. Levará pelo menos até o segundo semestre de 2023 para voltar a crescer. Somos pacientes e não estamos aqui apenas para o curto prazo”, explicou Napoli.
A empresa disse no mês passado que em 2022 sua receita aumentou 1%, para 11,3 bilhões de francos suíços (US$ 12,24 bilhões), enquanto o recebimento de pedidos diminuiu 1,7%, para quase 12 bilhões de francos suíços. Os principais ventos contrários este ano virão de uma desaceleração contínua da economia global, disse Napoli à Xinhua, combinada com a pressão nos setores imobiliário e de construção. Portanto, em 2023, a empresa espera um crescimento de receita de um dígito em moedas locais.
“As perspectivas para o ano são de cautela positiva”, explicou Napoli, os mercados estão se recuperando em alguns países, mas não em outros, o que significa que a empresa está “cautelosamente otimista”. A China responde atualmente por cerca de 17 por cento das vendas da Schindler. “A China é o nosso segundo maior centro de P&D, que tive o prazer de abrir e ampliar quando estive lá antes da pandemia. Continua a produzir produtos incríveis, componentes, tanto no lado do hardware quanto do software”, disse Napoli.
Napoli, que atua como presidente da Schindler desde 2017 e passou vários anos com a empresa em Xangai e Hong Kong, disse que está ansioso para retornar à China para uma viagem de negócios em breve para entender melhor as necessidades dos clientes.
