Um ano após queda do elevador na UFSM, investigação segue em aberto

No andamento da apuração, o laudo pericial apontou para a falta de peças do elevador, o que teria ocasionado a queda

Foto: Beto Albert (Arquivo/Diário)

A investigação sobre a queda do elevador da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que deixou cinco pessoas feridas, segue em aberto. Conforme a Polícia Federal, responsável pelo caso, o inquérito está na fase de elaboração do relatório final. No andamento da apuração, o laudo pericial apontou para a falta de peças do elevador, o que teria ocasionado a queda. O acidente completou um ano na última quinta-feira, 17 de abril.

Relembre o caso

Há um ano, quatro alunos e uma professora entravam, como de costume, no elevador do prédio 40C. Por volta das 16h30min, a estrutura despencou do segundo andar até o poço. De acordo com a universidade, a instituição buscou desde o início investigar a situação internamente.

No entanto, após a apuração, constatou que o fato não foi de responsabilidade dos servidores. Já a B27 Elevadores, que instalou o equipamento, não se manifestou na época e segue sem comentar o caso. O elevador do prédio segue interditado.

As vítimas

Em março deste ano, uma equipe de reportagem do Jornal Diário (de Santa Maria) procurou as cinco pessoas que estavam no elevador. A primeira ferida a se manifestar foi Juliana Tondolo, 51 anos, que é militar reformada e estudante de Filosofia. Ela quebrou o calcâneo, osso que forma o calcanhar, do pé direito e machucou o cotovelo. Após quase três meses em que utilizou cadeira de rodas e muletas, ela voltou a caminhar. Um ano depois, ela ainda se queixa de algumas dores no pé direito e no cotovelo.

Outra vítima foi a mestranda de Filosofia, Vitória Coelho, 26 anos. Ela não chegou a quebrar ossos, pois possui hipermobilidade, uma condição que os deixa mais elásticos. No entanto, sofreu uma pancada no cóccix e fraturou o assoalho da órbita do olho esquerdo, após uma barra cair em seu rosto. Além disso, a estudante desenvolveu traumas e passou a apertar os dentes por causa de dores. Até hoje, evita entrar em elevadores e conta que só consegue usar o de seu prédio.

Assim como Juliana e Vitória, Pedro Abreu Domingues, 24 anos, também estava no momento da queda. Estudante de Educação Física, ele fraturou os dois pés e rompeu o ligamento do pé esquerdo. Após o acidente, ele relatou que realizou sessões de fisioterapia oferecidas pela UFSM, mas também procurou um serviço particular em paralelo. Sobre o auxílio psicológico, reforça que teve uma consulta com psicólogo da universidade, mas optou por seguir com um profissional do qual já era paciente.

O quarto estudante que estava no elevador foi procurado, porém não quis se pronunciar sobre o assunto. Já a professora que acompanhava os alunos não quis ser identificada, mas confirmou que teve quatro fraturas, sendo três na coluna e uma no calcâneo. Atualmente, ela segue em processo de reabilitação, tem dores crônicas e problemas na coluna.

Reprodução/Créditos: DIÁRIOSM

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