Oitavo aditivo assinado com a empresa TK Elevadores Brasil empurrou conclusão dos serviços em mais dois anos, reflexo de outros contratos atrasados.
Uma pista sobre a perspectiva de contar com a Linha 17-Ouro pronta pode ser encontrada em um novo aditivo contratual assinado pelo Metrô de São Paulo na semana passada. Ele dá a entender que o ramal de monotrilho só deve funcionar de fato em meados de 2025.
A mudança contratual estendeu o prazo de conclusão dos serviços de instalação de escadas rolantes e elevadores para maio de 2025. Até então a empresa TK Elevadores Brasil deveria entregar o serviço até 1º maio deste ano.
A extensão do contrato, nesse caso, é justificável já que não envolve a empresa em questão, mas outros projetos que não andam ou avançam lentamente, como as obras civis. A TK, que assinou o contrato há quase uma década, deverá instalar 32 elevadores e 64 escadas rolantes no pátio Água Espraiada e nas oito estações da chamada “fase prioritária”.
De fato, esses equipamentos já começaram a ser instalados em meio a estruturas não finalizadas, o que causou confusão em vários veículos de imprensa e mesmo no público. Isso porque muitos julgaram que as escadas rolantes eram parte do contrato com o Consórcio Monotrilho Ouro, formado pelas empresas KPE e Coesa.
Não são e obedecem a um cronograma diferente, daí o Metrô ter decidido autorizar a montagem das escadas rolantes e elevadores, mesmo sem que houvesse coberturas metálicas começadas em alguns acessos, por exemplo. Para evitar danos aos equipamentos, foram colocadas lonas sobre eles.
Custo de R$ 45,2 milhões
A TK Elevadores certamente não tem qualquer responsabilidade pelo longo atraso na execução do seu serviço já que pela cláusula original deveria ter entregue elevadores e escadas rolantes em 15 meses após a ordem de serviço. Mas em 2014 não havia quase nada erguido para receber seus equipamentos.
O contrato previa um custo de R$ 38,5 milhões à época, a maior parte por conta das escadas. Em dezembro do ano passado, o valor já havia sido reajustado para R$ 45,2 milhões.
A Linha 17-Ouro encontra-se num impasse em relação às obras civis remanescentes. Após o afastamento do Consórcio Monotrilho Ouro por não cumprimento do cronograma, o Metrô tem conversado com outros grupos que participaram da licitação em 2019 para tentar convencê-los a assumir o contrato. Um deles é a construtora Carioca Christiani-Nielsen Engenharia, que ficou em 5º lugar no certame.
Fonte: Metrô CPTM