A história é sempre um bom ponto de partida para a reflexão. O primeiro hotel do mundo foi fundado em 705 segundo o Guiness World Record, e Elisha Otis apresentou o freio de segurança do elevador em 1853. Dito isso, é difícil imaginar nos dias de hoje hóspedes se movimentando pelos andares, bagagens sendo transportadas e a equipe trabalhando em serviço sem transporte vertical.
À medida que ambos os setores cresceram e se desenvolveram exponencialmente desde seu início, o conforto e a conveniência sempre estiveram entre as principais prioridades na escolha de um hotel, e os elevadores desempenham um papel crucial nesse contexto. A acessibilidade, inclusive para pessoas com mobilidade reduzida, é garantida com facilidade e segurança.
Além disso, com a superação da pandemia, os investimentos na construção de novos edifícios voltaram com boas expectativas. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Panorama da Hotelaria Brasileira em parceria com o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), serão investido cerca de R$ 5,7 bilhões, que devem resultar em mais de 100 novos hotéis, ofertando cerca de 18 mil novos quartos até 2027.
Dada a previsão de construção dessas instalações, não posso deixar de pensar em uma das tendências emergentes que tenho observado conforme novos equipamentos são selecionados pelos hotéis: a sustentabilidade. Na Otis, essa preocupação com o impacto ambiental é parte integrada do desenvolvimento de produtos.
Um exemplo é a família de elevadores Gen2® e combinada com o drive regenerativo ReGen®, que pode reduzir o consumo de energia em até 75% em comparação a sistemas convencionais. O drive ReGenpossibilita que a energia desperdiçada como calor em sistemas tradicionais possa realimentar a rede elétrica interna do edifício e reutilizada para a iluminação elétrica, ar condicionado, computadores e outros equipamentos. O que antes era desperdício, torna-se geração de energia.
Além da sustentabilidade, a tecnologia e a conectividade também estão se tornando uma tendência interessante nesse mercado. Os elevadores de hotéis têm recursos especiais, que diferem dos elevadores residenciais, para atender a necessidades específicas, como alta capacidade de carga, acomodação de bagagens e outros itens grandes, junto a uma maior velocidade de deslocamento. A tecnologia de segurança e o controle de acesso também costumam estar interligados ao sistema de segurança e gerenciamento do hotel.
Por fim, uma vez instalado, o elevador precisa de cuidados para continuar funcionando perfeitamente. Costumo dizer que ele é como um carro, que precisa de revisões periódicas. Por isso, ter um plano de assistência técnica e manutenção é fundamental para que o equipamento continue transportando passageiros. Afinal, um elevador fora de serviço pode ser motivo de reclamações e acabar impactando a experiência do hóspede.
A manutenção de elevadores envolve tudo desde o monitoramento de itens e componentes até a execução da substituição de peças. Ela pode ser preventiva, antecipando possíveis falhas, consertando proativamente e evitando o tempo em que o elevador pode ficar fora de serviço, ou corretiva, que é realizada para que o elevador volte a funcionar.
Não é fácil gerenciar um empreendimento com tanta rotatividade de hóspedes. O elevador é um ativo importante para qualquer estabelecimento e, por isso, além de ser cuidadosamente escolhido para atender às necessidades de cada hotel, deve ser constantemente cuidado e mantido para manter os hóspedes em movimento, seja apenas para desfrutar de sua estadia ou quando entrarem ou saírem do hotel.
Fernando Peiter
Diretor de Marketing e Vendas para a América Latina da Otis